1.3.09

Castelo no Xadrez, Sombra em Duciomar

O dia amanheceu quadrado para Paulo Castelo Branco, o extorsionário preso ontem pela PF quando passeava no calçadão da Av. Atlântica. E vai amanhecer assim nos próximos quatro anos e meio, isto se as consequências de outras investigações não lhe alcançarem pelo caminho, posto que dedica-se ao crime há muitos anos este nacional.
Experiente, entrou macio no chiqueirinho da viatura da PF.
Vai sentir saudades dos passeios de barco, dos gostosos almoços no Beto Grill, dos jantares no Roxy Bar, sempre ao lado de seu primeiro amigo, o prefeito falsário de Nova Déli, Duciomar dos Santos Costa.
Castelo subiu a ribalta da superintendência do IBAMA por indicação do ex governador Almir Gabriel em 1998. Logo mostrou a que veio. Depois de algumas pirotecnias em conjunto com o Greenpeace, fraudes em licitações e engavetamento de processos, Castelo Branco caiu como um patinho safado no aeroporto de Brasília, com a mão na massa: uma mala cheia de dinheiro.
Lembro que na época alguns jornalistas relutaram em acreditar que ele realmente era o bandido. O histórico de infrações ambientais da empresa, a sem vergonice que grassa no setor madeireiro e o jogo de cena de Castelo nos sete meses que administrou o Ibama, fizeram com que gente experiente como o repórter Jonas Campos, da Rede Globo em Nova Déli, levasse meses para se conformar com a realidade dos fatos.
O flagrante de Paulo Castelo deve-se, em boa medida, a tres jornalistas paroaras que convenceram a empresa a denunciar a extorsão ao MPF e à Polícia Federal, que prepararam o flagrante. No dia seguinte a prisão, telejornais da Globo insinuaram que Castelo iria, com a mala, para o gabinete do então senador Ademir Andrade, do PSB, que reagiu as acusações e disse que Castelo mostrou-lhe seis contracheques de assessores do governo Almir, cujos salários financiavam o PV, a mulher de Castelo entre eles.
Que eu me lembre, Amir, bem ao seu estilo, jamais disse palavra a respeito do assunto. Teve que engolir o sapo Castelo bem engolido, pra deixar de ser metido a ser o que a folhinha não marca. Já Ademir caiu espetacularmente sete anos depois nas algemas da Polícia Federal, e responde processo por desvios de verbas públicas na CDP. Nas horas vagas, é vereador na casa de Noca de Nova Déli.
Depois disso Castelo tentou se associar com Silas Assis Junior ( editor da pocilga Jornal Popular), mas deu com os burros n'água. Até que se aproximou de Duciomar Costa, com quem teria jantado em Nova Déli na véspera de sua prisão. Fez muitos serviços pro falsário. Meteu-se em várias obras e serviços da municipalidade, com destaque para o Portal da Amazonia. Seu gabinete ficava no Iate Clube.
Segundo o repórter Ronaldo Brasiliense, teria sido Paulo Castelo quem contratou o publicitário Duda Mendonça para fazer a campanha de reeleição do amigo em Nova Déli.
Castelo, segundo o jornalista Claudio Humberto, teria assustado o IBOPE ao aparecer como interlocutor do prefeito falsário e encomendar uma série de pesquisas para as eleições de 2008.
Duciomar Costa fez tudo para eleger este prontuário para a Câmara Federal em 2006, e vereador em Ananindeua em 2008. Não conseguiu.
Mas Castelo não tem do que se queixar do falsário. E vice versa.
Resta saber se Duciomar irá em Americano visitar o amigo com quem costumava dividir a mesa nos botecos de Brasília, geralmente na companhia de gente vadia.

22 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pela texto primoroso.
E verdadeiro.
Vic Pires Franco

Unknown disse...

Obrigado, deputado, e bom dia.

Anônimo disse...

Caro JUCA
Na ´tpoca da nomeação do Castelo Branco para o Ibama, cometou~se que sua indicação foi mobra da pressão do Senador Sarney e fez parte da cota do PV.

Anônimo disse...

Primo, bom dia
Já que o deputado viu (re) apareceu, gostaria que ele me respondesse porque fugiu da Rádio Tabajara e da entrevista sobre o caso Sefer e seu partido. O próprio Vic, respondendo a um anônimo, disse que não era homem de fugir. O que houve? Alguma "força oculta". E por que sequer ligou para mim para dizer porque não iria à emissora, depois de resolver seus problemas políticos em Brasília e São Paulo. Aguardo resposta.
Um abraço, primo, e saudações bicolores.
Carlos Mendes

Unknown disse...

Primo, o deputado está em ação no blogs. Daqui a pouco ele deverá açrecer por aqui e responder ás suas perguntas.
Abs e sds bicolores.

Anônimo disse...

Falta agora prender o chefe de Castelo. Ficamos na torcida, rezando pro Gilmar não se meter.

Anônimo disse...

Bom dia, Juca querido:

Falta um agradecimento nos comentários.

A notícia da prisão de Castelo no Estadão informa que foram turistas paraenses que o reconheceram e denunciaram à PF.

Da minha parte, agradeço aos turistas e peço que Nossa Senhora de Nazaré os abençoe em dobro.

Beijão, querido.

Unknown disse...

Bom dia, queridona.
Há controvérsias...eheh.
Veja em:
http://blogdocjk.blogspot.com/2009/02/retorno.html

Bjão.

Unknown disse...

Das 9:38, acabo de receber uma ligação de um prócer tucano dizendo a mesma coisa que vc. Ele conta que a nomeação do bandido Castelo veio do também marginal Silas Assis, o pai, e do irmão, outro pulha especialista em extorsão que certa vez desembarcou em Nova Déli com oito tiros na carcaça, fruto de sua atividades criminosas. Escapou.
Dizem que os irmãos Assis tinham força com o atual presidente do Congresso, por causa de umas filmagens que teriam sido feitas numa mansão em Macapá. Imagens de sexo e coisa e tal.
Tudo bandido, tudo patife.
Falta explicar, ou desmentir, os contracheques do governo do pará na quadrilha de Castelo.

Anônimo disse...

Será que foi o turista DUDU, que anda viajando pras bandas de lá que viu e dedou o Ex-amigo? Alias, assume quando a prefeitura esse DUDU? Alguem sabe?

Anônimo disse...

Axé, querido:

bem feito pra mim que fui primeiro colocar o frango no forno antes de ir visitar o CJK.

Mas, por uma questão romãntica, gosto mais da versão anterior...rsrsrs...

Beijão.

Anônimo disse...

Carlos Mendes.
Do jeito que está o seu comentário, não respondo. Você gosta de ser respeitado, e eu também.
Por favor, refaça seu comentário e responderei suas perguntas.
Aliás, como sempre fiz.
Vic Pires Franco

Anônimo disse...

Resposta ao Vic
Respeito é bom e eu também gosto, Vic. Você assumiu publicamente pelo blog que iria à rádio. Você mesmo sabe que liguei duas vezes para sua assessoria e me foi dito da impossibilidade de sua ida em razão de compromissos políticos. Sua assessoria disse que você iria me ligar para combinar uma nova data. Isso, porém, não aconteceu. Os ouvintes continuam a esperar e eu tive quer dar no ar as explicações que você pessoalmente ou por telefone não me deu para sua ausência. Não houve, de minha parte, nenhum desrespeito a você. Então, faça valer esse respeito que tenho por você. Tenho um compromisso com meus ouvintes e a eles também procuro respeitar. Como a você, repito.
Carlos Mendes

Anônimo disse...

Caro Carlos.
Respeito e admiro você como jornalista.
A semana que antecedeu a entrevista que marcamos foi a eleição da mesa da Câmara dos Deputados, onde fui derrotado pelo colega do castelo. O DEM precisou se recompor da derrota em plenário e ver as alternativas do que fazer com um companheiro que saiu a revelia do partido e se aliou com os mensaleiros do PT para vencer a eleição. Foi uma semana braba. Tivemos reuniões em Brasília e em São Paulo.
Falhei em não ter ligado pra você, e peço desculpas. Não é do meu costume, e você sabe disso. Acho que ligo até demais para dar satisfação das coisas que me dizem respeito. Mais uma vez, me perdoe.
No sufoco, pedi para a minha chefe de gabinete ligar pessoalmente pra você e explicar todo o meu problema. De Brasília, fui para São Paulo com a Valéria. Daí pra frente minha vida virou de cabeça pra baixo e seu primo Juvêncio pode dar o seu testemunho. A Valéria precisou voltar as pressas de São Paulo naquela quinta feira para acompanhar a nossa filha Victória que começava um processo de pneumonia. Só cheguei a Belém no sábado pela TAM as 16 horas, portanto fora do nosso horário para a entrevista.
Na segunda feira, menos de quarenta e oito horas da minha volta a Belém, a Victória piorou bastante e precisou ler transferida com urgência para São Paulo, onde ficou internada no Hospital Albert Einstein, e hoje se recupera em casa, graças a Deus.
Espero que você tenha entendido os motivos que me levaram a faltar a nossa entrevista, e a minha falta de atenção com você por conta desse nosso problema pessoal.
Com o meu abraço.
Vic

Anônimo disse...

Obrigado, Vic
Desejo que a Victória fique logo em forma. Ela tem o carinho e a atenção total dos pais, o que ajuda bastante na recuperação. Aceito seu pedido de desculpas e também me desculpo por eventualmente ter cobrado de você com maior veemência sua ausência na rádio. Se você tivesse me dito que havia um problema de saúde na família, eu teria compreendido.
As portas da rádio continuam abertas para você. É só me ligar para marcar presença.
Saúde à você, à Valéria, à Victória e às outras meninas.
E um abraço
Carlos Mendes

Anônimo disse...

Obrigado, Carlos.
Vic

Unknown disse...

Das 14:23, faça o favor de ruminar em outro lugar.

Anônimo disse...

Por que a PF não aproveitou e prendeu o prefeito falsário de Belém, que na verdade até hoje ainda não assumiu seu cargo, ele sumiu e deixou a cidade jogadas as traças, baratas, buracos, sem atendimento no pronto socorro, sem pagar férias de funcionários, sem terminar as obras, sem pagar as perdas dos funcionários, são tantas coisas que por favor se alguém encontar o prefeito por ai, favor entregar no seguinte endereço: Palácio Antônio Lenos, a cidade agrade.

Unknown disse...

Eliene, vc tem que reclamar para os desembargadores do TRF1, em Brasilia. É lá que está, sob embargo de nádegas safadas, a ação penal que o MPF move contra o falsário e que já deveria, em nome da ética e do interesse público ter removido o nacional do cargo.

Anônimo disse...

Obrigado pela observação, é tanto processo que este falsário responde. Tentarei fazer alguma coisa neste sentido. Boa noite, fui!!!!

Unknown disse...

rs...boa noite pra vc.

Anônimo disse...

Tratar pneumonia em São Paulo? Não tem médico e hospital em N. Delhi? Quem pode, pode! Quem não pode morre no PSM.