4.3.09

Na Marra

Desde o dia 28 de fevereiro é anunciada a razão da invasão do INCRA de Santarém.
São os assentados de papel industriados por Pedro Traquino, digo Aquino, o ex superintendente da autarquia na região. Vem a ser o cacique da DS no oeste do Pará.
Para quem não se lembra das traquinagens do nacional, é só clikar aqui.

3 comentários:

Anônimo disse...

Quero lembrar.ao dignissimo assessor de imprensa do falecido delegado assassino e grande pupilo de maluf,aqui de santarém,o famoso BENÉ BICUDO,que em todos os processos feitos pelo MPF não encontraram nada que incriminasse o único gestor do INCRA aqui no PARÁ que enfrentou as MINERADORAS e OS GRILEIROS DA REGIÃO,ouviu,assessor do BENÉ BICUDO.

Unknown disse...

Trabalhei e trabalharia novamente para o ex deputado Bené Bicudo. Fiz uma farra aí em Santarém contra os ladrões e incompetentes.. Será que vc já andava de calças compridas nesta época, quadrúpede?
Quanto ao seu chefe Traquino, o decrito nos post e nos links é a convicção do MPF, com quem acabo de falar, os bens do nacional continuam bloquados e ele responde às ações com base nas denúncias do MPF, estas baseadas em traquinagens.
Passe outra hora. Mas levante-se da próxima vez.

Anônimo disse...

NOTA DE SOLIDARIEDADE

A Amazônia, em especial o Estado do Pará tem sido foco da atenção nacional e mundial quanto à natureza e à sociedade. Na condição de natureza, destaca-se a importância da presença da maior floresta tropical do planeta enquanto acervo de biodiversidade e como base de prestação de serviços ambientais para a estabilização do clima global. Na condição de sociedade, alerta-se para os riscos da utilização predatória da base natural da região além dos acirramentos dos conflitos pela terra, fruto das inconseqüentes políticas de desenvolvimento impostas à região, contribuindo significativamente para o processo de colonização descontrolado, que culminaram em enormes impactos sócio-ambientais afetando de imediato os ecossistemas regionais e as organizações socioculturais das populações amazônicas.
A região do Oeste do Pará é um dos pólos do Estado, para onde estão direcionados grandes investimentos do capital internacional que financia e dissemina as ações das empresas mineradoras, madeireiras e sojeiras na região, impondo um padrão de desenvolvimento exógeno e excludente das camadas sociais empobrecidas, como é o caso dos agricultores familiares da região. A lógica desse modelo de desenvolvimento imposto no Pará fortalece a grande propriedade rural, a grilagem de terra e a exploração irracional dos recursos naturais da região. No quadro geral da história da terra no Pará, a posse e a violência rural foram formas de acesso das elites agrárias aos recursos naturais, fazendo com que a consolidação da propriedade rural se constitua uma política imprescindível para o fortalecimento da agricultura familiar, do respeito aos direitos humanos e da proteção ambiental.
É justamente no quadro de incerteza que paira sobre a dominialidade da terra (pública estadual e federal ou privada) é que a regularização fundiária com licenciamento ambiental, criação de novos assentamentos, acesso ao crédito e ao fomento se apresentam como as principais políticas para dar fim ao caos fundiário, a violência no campo e a destruição da floresta.
No oeste do Pará os agricultores familiares e as comunidades tradicionais sempre foram os protagonistas da luta pela ocupação e domínio do território, e os assentamentos surgiram como conquistas resultantes das lutas em benefício dos agricultores familiares. Sem esses assentamentos os pequenos produtores familiares ficam sem opção de acesso a terra, e os alimentos produzidos com o suor da agricultura familiar e os povos dos rios e das florestas deixam de chegar à mesa do paraense.
Nesse sentido, expressamos nossa solidariedade aos assentados de oito municípios do oeste paraense que ocupam a sede da superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Santarém, oeste do Estado, que colocam em prática a luta pela posse e regularização da terra ao reivindicarem infraestrutura, energia elétrica, abastecimento de água, construção de casas e a titulação das terras. Ressaltamos que esse movimento representa o acúmulo de outras mobilizações dos assentados iniciadas pelas ocupações às fazendas da Agropecuária Santa Bárbara, do grupo Opportunity, do ex-banqueiro e sentenciado pela justiça, Daniel Dantas e outras do conhecido e criminoso mega-especulador.
Nossa solidariedade também representa o reconhecimento desses trabalhadores pioneiros no Oeste do Pará pela utilização de tecnologia com baixo impacto ambiental e que trouxe benefícios sociais que melhoraram em muito a qualidade de vida, antes considerados impossíveis. Portanto a defesa pelo beneficiamento de nossa produção agrícola, do aumento da renda local, da dinamização do mercado interno – uma lógica inversa ao capital especulativo e à grande propriedade rural que servem tão-somente à lógica do mercado externo e predatório – e de práticas ecologicamente corretas, socialmente justas e economicamente viáveis, desfraldadas por esses trabalhadores.
O apoio aos trabalhadores rurais implica também em nossa intermediação para que a consolidação dos assentamentos seja executada por meio da implementação de políticas públicas por parte da Superintendência Regional do INCRA (SR/30) comprometidas com o fortalecimento e o desenvolvimento da agricultura familiar. Para isso, propomos o diálogo democrático entre o órgão e as lideranças rurais da região para a construção de um planejamento operacional que contemple as demandas de investimento em infra-estrutura e produção, e que não crie obstáculos para aplicação dos recursos dos créditos disponíveis, comprometida também com um novo padrão de desenvolvimento que garanta o acesso a terra, regularização fundiária e recursos financeiros e técnicos fomentadores da sustentabilidade e se contrapondo frontalmente à irracionalidade capitalista imposta pelos agentes do agronegócio.

Ass. Manifesto em defesa da vida e da Agricultura Familiar.