26.2.09

Um Peso, Uma Medida

Vou aguardar o presidente do STF, Gilmar Dantas, balir contra o assassinato de sem terras. Contra o assassinato de jagunços dos grileiros ele já o fez.

18 comentários:

Anônimo disse...

Juca,

E ouvi-lo também mugir contra as imensas terras que existem sem nenhuma função social,dilacerando a mesma Constituição que ele mesmo lembra agora que está em vigor.
abraço
Fonte de responsa

Unknown disse...

Bem lembrado.Também vou aguardar, Fonte.
Abs

Anônimo disse...

dei ctrl c + ctrlv da matéria da folha dos frias sobre essa raposa do STF. (ah gente, vamos parar de dar características de bichinhos inocentes para esse demônio.) "O diretor regional do MST no Pontal, Cido Maia, disse ontem que os sem-terra vão continuar a pressionar pela reforma agrária e que "pouco importa a opinião de Mendes". Para Maia, o ministro não estaria fazendo os mesmos comentários se fossem sem-terra que tivessem morrido em Pernambuco"

Unknown disse...

Olá, querida.
Ou a Constituição é para todos ou não é pra ninguém, e os bichos sabem disso.

Anônimo disse...

Bem, acho que o Ministro tem razão, esses bandidos rurais devem ser punidos...

Anônimo disse...

Gilmar "Dantas" Mendes tem que buscar o apoio de algum segmento da sociedade. A grande mídia e os "párias" rurais (latifundiparios) é um apoio de peso. No mais, ele apenas se comporta como um autêntico representante do governo FHC, ainda em atuação. É um homem dos ricos, dos banqueiros. Uma insolente figura. Com seus pronunciamentos apenas escancara de que lado o judiciário está e sempre esteve. Pra ele algema e cadeia é somente para os pobres.

Anônimo disse...

O anônimo das 9:13 tem toda razão: esses bandidos rurais, os criminosos seculares latifundiários devem ser punidos. Mas é claro que o anônimo não pensa nos bandidos, que punir os excluídos. Típico de uma elite podre que não quer largar o osso que roi desde que o país existe como entreposto do colonialismo.

Anônimo disse...

Anônimo das 9:13.

Só os bandidos rurais pobres? É isso mesmo que vc quer "dizer"?

Anônimo disse...

Creio que Gilmar disse certo sobre financiamentos públicos não irem para quem viola as leis, como p.ex., os Dantas da vida que recebem do BB e BNDES e mandam para paraísos fiscais sonegando inclusive da Receita.Mas a estes Gilmar manda soltar.

Anônimo disse...

Juvencio, Mano Velho, o Rainha, líder do MST, pediu ao Gilmar Mendes o mesmo tratamento dispensado pelo STF ao Daniel Dantas. Veja lá no blog do Noblat.

O mais esdrúxulo é que o STF considerou que alguém não pode nem ser preso, antes da sentença transitada em julgado. E Gilmar Mendes já antecipou-se condenou o MST como um todo, sem julgamento e mais nada...

Anônimo disse...

Vocês misturam tudo. Dantas é um marginal que não justifica as barbáries do inescrupuloso MST.

Anônimo disse...

O Gilmar Dantas está dando uma contribuição ao País. Explico:
Ao criminalizar o MST, termina por colocar na ordem do dia uma discussão que nunca deveria ter saído: O Brasil precisa ou não de uma reforma agrária digna do nome?

De repente, quando todos já criticavam o MST por nada ou qualquer coisa, agora veem que, ainda que algumas vezes utilizem métodos equivocados, o movimento ainda é vital para tirar o interior do Brasil do atraso secular em que se encontra.

Anônimo disse...

Bom dia, de novo, querido:

Gilmar Mendes não gritará pelos assassinatos de sem-terra. O STF indiretamente já o fez, através de votos isolados - de Joaquim Barboza, por exemplo - contra excrescências da sociedade brasileira. É pouco, mas não é irrelevante.

Gilmar Mendes é o rescaldo de uma elite. É um advogado que, talvez em outro país, não passasse de um rábula de ponta de rua. Mas, aqui, brilha. Brilha porque somos uma colonizada sociedade que valora erradamente. Mas, estamos aprendendo.

O que anima essa discussão é exatamente o comentário do anônimo das 10:47, que coloca a questão principal: o MST sobrevive há décadas por inércia? osmose?

O movimento se fortalece, refaz estratégias - investe hoje muito mais na formação dos assentados do que nas invasões – e a escalada de invasões, sempre datadas, tem como objetivo principal trazer a discussão da reforma agrária para a mesa da sala e exigir mudança nos procedimentos oficiais de destinação de terra , consegue manter seu ideólogo na mídia e contesta com números a piada da reforma agrária oficial.

Isto é relevante.

Voltando ao Gilmar Mendes, para nosso bem, é preciso lembrar que para um Gilmar já temos um Joaquim Barboza e um Carlos Ayres Britto. Estamos ganhando de dois a um. E esse também é um fato importante. Para que o nosso animo não se abata. Gilmar é “apenas” o presidente do STF. Não é pouca coisa, mas não é tudo.

Para não perder a piada, é mais ou menos como acreditar que Lula manda no Brasil.

Bom dia pra nós.

Beijão.

Anônimo disse...

Os objetivos do MST são os mais desvirtuados possíveis. Não são exemplos de como se fazer uma reforma agrária possível, urgente e necessária. Gilmar Mendes pode ser tudo, mas o MST não é essa Coca-Cola que alguns querem defender. São manipuladores e manipulados, infelizmente. E altamente agressivos e desrespeitosos, acham que estão acima de tudo, de todos e da lei. Querer dar uma de socialmente correto elogiando o MST é brincadeira.

Anônimo disse...

As táticas do MST revelam, é óbvio, suas estratégias de ação cujo objetivo principal reside em sua afirmação como movimento social, em torno do problema agrário brasileiro. O grande nó está em suas próprias divergências e aí, sim, concordando em 20% com o anônimo das 8:50, tem se desvirtuado dessas estratégias. De 2003 para 2008, a cúpula procurou conduzir com mão de ferro as bases, sob a lógica das antigas estratégias do maoismo, amparadas por doses cavalares do leninismo e do messianismo cristão dadas suas relações umbilicais com a CNBB e o movimento de Cáritas. A falta de ressonância com os atores nas bases dos assentamentos, obrigou esse movimento a adotar medidas disciplinares férreas dignas do stalinismo, ao mesmo tempo em que oscilou entre o debate da reforma agrária e do modelo de desenvolvimento nacional, soprando e mordendo o governo federal. A presença de ramificações trotsquistas e variantes no seio do movimento, levou a seu atual esfacelamento, gerando a criação de outros grupos diversos na luta do campo (FETRAF, MSTU, etc.) o que se tornou salutar pois demonstrou que a luta é diversa e não segue a monolitica direção do MST. A tendência é que o MST em 10 anos seja extinto como organização pois o debate sobre o modelo de desenvolvimento agrário se torna imperioso no país, superando o velho jargão da reforma, ou ele pode ser modificado a outra concepção em disputa no movimento social do campo (como recentemente tem procurado fazer a combalida FETAGRI). Criminalizá-lo, como tentam alguns de forma inocente (ou pernóstica como Gilmar Mendes) não aprofunda o debate sobre o problema agrário no país e somente reforça um messianismo quase deletério no movimento. Não adianta olhar o MST com as lentes da mídia, do senso comum e da lógica jurídico-formal. Quanto ao Gilmar Mendes, não passa de um refinado "moleque de recados" de quem o patrocinou à catapulta do Supremo: o PSDB.

Anônimo disse...

Caro Anônimo das 8:50:

talvez a carapuça não me fosse dirigida, mas eu a vesti.

O MST é um movimento socialmente correto e politicamente justo. A realiodade da concentração da terra e da riqueza atestam isso.

Discordo de algumas estratégias do Movimento. Uma delas foi transpor métodos de ocupação do sudeste para o norte, como se isso fosse um piloto automático.E tanto isso foi um erro estratégico que aqui ele não floresce. Os assentamentos são insustentáveis, a formação do assentado é incipiente. Mas, quem sabe aprenderemos mais e melhor.

A pecha de manipulados não cabe como luva. Manipular é um atributo genérico. Você e eu, certamente, somos manipulados: quando ouvimos as canções que a mídia considera boas, quando lemos o que a mídia avalia que é must. E assim sucessivamente.

Mas, você e eu temos a capacidade de pensar, refletir e decidir, não é? E eu, por exemplo, gosto de ouvir Fausto, um ácido compositor português que a Globo nunca disse que existe. E você, certamente, gosta de canções ou literatura que nem sempre foram a VEJA ou a Globo que recomendaram.

Nós, os do andar de cima, somos capazes de discernir entre a manipulação e o desejo ou a expectativa de direito. Porque os assentados não teriam essa capacidade?

Há excessos? Talvez. E a mídia é rápida em apontá-los, denunciá-los, execrá-los. Quanto aos excessos do lado de cá, ela os legitima, sem pestanejar. Vamos caminhar para a síntese, combinado? É o que quis fazer no meu comentário anterior.

Um abraço.

Beijão, Juca querido.

Anônimo disse...

Brincadeira é chamar grileiros de legítimos proprietários. Invadir as terras de Daniel Dantas não é crime, é retomada de terras invadidas por um latifundiário criminoso. Querer criminalizar o MST - que, como qualquer movimento social comete seus erros e agrega pessoas mal-intencionadas - é defender aqueles que usaram e abusaram da grilagem, sempre com o aval de políticos, policiais e juízes. Proponho que, antes de qualquer reintegração de posse, os juízes ávidos em satisfazer as vontades dos poderosos levantem a real situação das terras que dizem ter "legítimos proprietários", mas que vão até o fundo, examinando escrituras falsas lavradas em cartórios coniventes, aforamentos milagrosamente transformados em posse legítima, etc.etc.etc. Querer dar uma de socialmente correto criminalizando o MST, anônimo das 8:50, é confessar-se a favor do crime.

Anônimo disse...

Boa noite, Juca querido:

Boa noite, Cássio:

Esse é um bom debate. Pó isso retorno, para discordar do seu “prazo de validade” para o MST. Não tenho apostas sobre a sua extinção. E acredito que ele faz hoje aquilo que você sugere que não faz: o debate sobre o modelo de desenvolvimento agrário.Tanto que a ocupação deixa de ser o foco da sua atuação e o grande investimento é na qualificação do assentado e na crítica ao agronegócio, a favor do fortalecimento da agroindústria e da sustentabilidade do modelo.

Refiro-me sempre ao MST nacional. Reconheço que é difícil olha-lo com um olho e olhar o MST-PA com o outro. A este cabe plenamente sua crítica. Inclusive de fracionar a FETAGRI, a meu ver uma estratégia burra no caso do Pará, que apenas contribuiu para o enfraquecimento do movimento sindical de trabalhadores rurais.

Quanto ao “ministro do PSDB”, acho que o problema é como se dão as indicações. O Presidente da República o faz. E, fazendo isso, imperialmente, atende sempre interesses que não são os que gostaríamos que prevalecessem. É assim que compreendo isto. E é por isso que não chamo Ricardo Lewandowski de ministro do PT.

Abraço, Cássio.

Beijão, Juca querido