18.12.08

Aperta o Cerco

Na Agência Estado, por seu correspondente em Nova Déli, Carlos Mendes.

O senador Magno Malta (PR-ES), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, vai ao Pará ouvir o depoimento de uma menina de 13 anos que acusa o deputado estadual Luiz Afonso Sefer (DEM) de abuso sexual durante o período em que viveu e trabalhou na casa dele, de 9 aos 12 anos. "Irei a Belém porque um dos promotores que trabalha conosco na CPI fez alguns contatos, mas as autoridades paraenses foram muito resistentes em fornecer informações sobre o caso", disse Malta.
Além da criança, que foi retirada da casa de Sefer por ordem do juiz da Infância e Juventude, José Maria Teixeira do Rosário, o senador também pretende ouvir o deputado. A delegada que investiga o caso será intimada por ofício da CPI a remeter para Brasília tudo que já foi apurado. As notícias que chegam a Brasília sobre o caso do Pará, segundo o senador, são preocupantes e exigem providências. Malta nomeou dois procuradores, que atuam na assessoria da Comissão, para acompanhar a investigação feita em Belém.
Sefer disse em pronunciamento na segunda-feira estar sendo vítima de "linchamento" por setores da imprensa paraense. Ele negou também que estivesse sendo investigado por abuso sexual, mas, na terça-feira, o Ministério Público divulgou nota confirmando a acusação feita pela criança.
O deputado é medico e dono de uma clínica em Belém, além de recentemente ter sido contratado pelo governo paraense para administrar o hospital público de Redenção, no sudeste do Estado. Ele também integra, como suplente, uma CPI instalada pela Assembléia Legislativa para apurar casos de pedofilia na região do Marajó.

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Os negritos são do blog, e justifico.
O primeiro pela gravidade da declaração: quais são as autoridades que relutam em fornecer informações à uma CPI do Senado da República?
E o segundo pela contradição que aponta - mais uma - na fala do deputado suspeito na Assembléia.
Sefer começa a respirar por aparelhos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Juvencio
Quem leu o depoimento da menina fica estarrecido com o que ela relata, ou seja, as torturas sofridas. E de como ela não tinha como sair daquela situação.
Inclusive ela relata que chegou a contar a secretaria que trabalha na casa do deputado e esta teria recomendado que ficasse calada que era o melhor que ela fazia.
Ela menciona outra menina que teria saido da casa do deputado quando ela chegou lá e que vivia nas mesmas condições.
Se voce ler o depoimento da criança lhe dará vontade de chorar.
Mas a policia precisa de sigilo para terminar o caso senão o trafico de influencia pode atuar quando se trata de ricos e poderosos.
É mais do que necessário que a delegada termine o inquérito com tranquilidade e o remeta ao ministério público e que este tenha condições de também atuar em paz.
Quanto a CPI tenho duvidas que esta chegue a bom termo. Haja vista os acordos que rolaram entre PMDB,PSDB e G-8.
Seria interessante prudencia do G-8quanto a defesa deste seu componente, principalmente daqueles que constroem uma imagem de seriedade por fazerem parte da imprensa, por serem jornalista e gozarem do transito nos blogs e jornais.
Ou as deputadas, que por serem mulheres e mães também precisam acompanhar com muito cuidado o caso.
Vamos torcer para que a justiça seja feita, pois a complexidade esta no confronto da palavra de uma menina pobre, vinda da miséria do nosso interior e de um deputado rico, com poder e influente.

Unknown disse...

O deputado nega tudinho, mas o cerco apertou.
O G começou a desembarcar daquela "irrestrita solidariedade" ao acusado.

Anônimo disse...

Boa noite, Juca querido:

minha grave suspeita agora é se os que desembarcam do navio somente quando e porque ele vai a pique, se diferenciam do "contramestre". Se não no crime, mas na coluna vertebral definitivamente esfacelada.

Não. Não precisa responder.

Beijão.

Anônimo disse...

Não podemos nos calar diante de um crime tão repugnante e hediondo como este. É lógico e prudente que não condenemos sem provas, As evidencias nos induzem a condenação. Considerando o grau de instrução e a situação sócia econômica do acusado, seria prudente que a sociedade organizada já se mobilizasse de forma a evitar que mais este crime não fique impune. A punição tem que ser exemplar, para que pessoas com este tipo de desvio de caráter não se sintam encorajados a praticar crimes iguais a este.