16.12.08

Terra de Direitos

A manchete do Diário do Pará de domingo, 14, diz que Nova Déli é refém da violência.
Melhor seria dizer que o Pará inteiro é refém...do governo do Pará.
O Estado não existe no estado do Pará.

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Tivesse um mínimo de bom senso, o governo do Pará retiraria do ar imediatamente o slogan que assina suas peças - título do post - pela entropia que nele se encerra.

8 comentários:

Anônimo disse...

A granolina investida na propaganda enganosa e nos outdoors me-engana-que-eu-gosto já daria uma ajudazinha para bancar mais alguns "puliça" na capital e interior, não?

Unknown disse...

"Tivesse um mínimo de bom senso, o governo do Pará retiraria do ar imediatamente o slogan que assina suas peças - título do post - pela entropia que nele se encerra."

Tente responder isso antes.
Depois conversamos....eheh

Anônimo disse...

Terra de direitos, ora, por que não? Senão, vejamos: direito de ser assaltado a qualquer hora, direito de morrer por qualquer coisa, direito de apanhar da polícia por nada, direito de ver os grandes ladrões soltos e rindo na nossa cara, direito de...

Anônimo disse...

'Pará, Terra de Direitos' é um slogan de contrariedade à desordem que se estabeleceu em 12 anos ininterruptos de governo, até 2006, que foi por águas abaixo, literalmente, do rio Guamá, depois da derrota eleitoral de grupo que possuía 17 empresas para ganhar licitações de merenda escolar, faxina de prédios públicos e outros serviços gerais. Ganância pura de quem não respeita ninguém. O Estado sempre existiu e vai existir, o que muda é o governo. O atual divulga as mazelas a serem enfrentadas como as mais de uma centena de desbloqueio de estradas, sem gotas de sangue. O programa a que o senhor se refere começou este ano e está investindo em segurança pública, cidadania, justiça social, desenvolvimento sustentável, educação e cultura, mas 2008 foi apenas o embrião, vai crescer muito em 2009 e 2010. Tá respondido? Agora vamos conversar.

Anônimo disse...

Anônimo das 8:05: não, não está respondido. Está feita a defesa, e muito mal feita, já que, como de hábito, procura justificar acusando os 12 anos anteriores - isso é jogar a sujeira para baixo do tapete. Falta vergonha na cara para assumir a responsabilidade pelos dois anos que já escoaram pelo ralo e tomar atitudes. Passar 4 anos se justificando com os erros dos governos anteriores é, no mínimo, ridículo e, principalmente, desonesto.

Anônimo disse...

direito de almoçar fora todo dia em restarantes de luxo, direito de jantar fora com assessoras em bares de luxo, direito de muitas doses de 12 anos, direito de combustivel gratuito no posto BR, direito de carros e motoristas 24 hrs, direito de viajar toda semana, mas ação de verdade ahhhhh que dane os direitos....a nós as obrigações a ela e eles os direitos.

Anônimo disse...

Boa tarde, Juca querido:

o "Orlando Furioso" das 8:05 precisa reciclar seus conceitos, expressamente sobre o que é violência. Não vou facilitar a vidinha dele, não. Recomendo apenas que consulte os indicadores de mortes de jovens entre 15 e 18 anos, o crescimento dos asaltos com morte, etc... A fonte: o IML.

Ah! Já sei: a culpa é do governo anterior.

Outra coisa: as " mais de uma centena de desbloqueio de estradas, sem gotas de sangue" são atribuição de governos. Se um falhou em cumprir desta forma sua obrigação, aos outros isso não serve de elogio. É obrigação.

Mas, porque será que estradas - mais de cem, segundo a contabilidade dele, o que até me surpreende - foram bloqueadas? Hum!!! Já sei, culpa dos 12 anos de tucanato.

A tortura, o espancamento, a intimidação de trabalhadores rurais em Redenção e a suspeitíssima morte de 14 das suas lideranças num espaço de 5 meses, após a estrepitosa Operação Paz no Campo? Ah!!!! isso não é violência. É política de segurança preventiva.

Pois, é, anônimo. Também quero conversar.

Beijão, Juca querido.

Anônimo disse...

A comunicação governamental há muito não pode prescindir da linguaguem publicitária para realizar as mediações necessárias entre suas ações e os diversos públicos que compõem o "mercado político". Mas os publicitários, mesmo os mais interessados na comunicação política, deveriam trocar idéias com os outros setores da elaboração dos "discursos sociais" midiáticos.
Terra de Direitos não é um slogan que represente às ações governamentais para fins de interlocução com maiorias. É um slogan que representa ações governamentais focadas para a resolução de conflitos agrários. Nesta dimensão é um eficiente slogan político.
Mas quando em relação às demais áreas do conflito social, ele aumenta o grau de percepção sobre as impossibilidades de resolução de conflitos, e aí perde toda e qualquer eficiência "publicitária".
Além disto, ele aumenta a percepção dos indivíduos sobre as áreas de maior fragilidade do atual governo em razão da questão agrária estar diretamente relacionada à violência.
De fato seria estratégica a substituição deste slogan para fins de mediação da publicidade oficial quando dirigida às maiorias.