- É a Governadora! Anunciou ele.
Fez-se silêncio. Ouvia-se a voz de Sua Excelência ao alto falante do celular, mas não se conseguia decifrar-lhe a fala.
O Deputado Juvenil, na delicadeza de nos por a par do diálogo, repetia alguns trechos da fala de Sua Excelência, que, para ela, soavam como interlocução e para nós como peças na formação da mensagem.
Ao fim, a governadora brincou de lá, em um trocadilho astutamente malicioso a respeito da escolha que deveríamos fazer. O Deputado Juvenil devolveu de cá e despediram-se.
Excerto do terceiro artigo do deputado peemedebista Parsifal Pontes, que conta a saga da eleição da mesa da Assembléia Legislativa.
Na íntegra aqui ( clike no Artigo da semana)
11 comentários:
O que pretende o deputado Parsifal?
Despertar o interesse dos editores pelos direitos de publicação do livro "memórias do deputado Parsifal".
Eu não sou editor, mas na condição de leitor já reservei recursos para comprar um exemplar.
O nobre deputado escreve muito bem.
Qual terá sido o trocadilho malicioso? O Dep. Parsifal não devia nos deixar assim curiosos.
Essa foi boa. A Ana queria convencer o Jader e o Jader a Ana, ou seja, um queria enganar o outro. Isto está ficando legal.
O PMDB e o PT vão entrar rachados no próximo ano. Não tem jeito o PT só quer pra ele.
Ana, engana o Pará inteiro. Que bom que será por pouco tempo.
Ana, em verdade, não tem sorte. Tudo de ruim aconteceu em seu desgoverno, inclusive várias barbáries contra a mulher e as crianças.
Nosso Pará, não pode contar com a falta de sorte de Ana Julia.
Precisamos de gestores, competentes, com equipes sérias e compromissadas.
o Azar, não deve acompanhar o povo do Pará.
Mas o Jader também não é a opção e nem o Jatene. É hora de gente nova. Estes todos que se candidatam sempre tem que dar vez a outros.
Ia me esquecendo. As cronicas estão ótimas.
o Dep. Parsifal devia publicar um livro depois contando tudo que ele não está contando aqui.
Pelo menos nos meios políticos ia ser sucesso.
Juvencio,
Participei ativamente das reuniões que precederam a eleição na AL, até as 03:00 hs do dia da eleição e posso afirmar tranquilamente que nem tudo que o Parsifal informa é a expressão do que ocorreu. Ele escreve mt bem concordo, mas esquece alguns fatos:
1 - Em nenhum momento a governadora falou que não aceitaria o PSDB na Mesa. Ela não aceitava a "premiação" de alçar o partido de oposição, implacável, e muitas vezes absurda e injusta, diga-se, da 2ª vice para a 1ª.
2 - Não constatei a governadora com o ar de cansaço ou de estresse. Preocupada, sim, todos estávamos, mas de certa forma, percebi a governadora tranquila, talvez por saber que o Juvenil reconheceria, como afinal reconheceu, que se excedeu na medida.
3 - O Juvenil, a uns 15 dias que antecederam a eleição, caminhava para uma possivel e provável derrota, fruto de racha no PMDB (Juvenil x Carmona). O PSDB, diante da indecisão e do racha, sorrateiramente articulava uma chapa alternativa, que não fosse a intervenção da governadora, fatalmente teriam sucesso. Após a governadora articular, com muita habilidade, a maioria para o Juvenil, este, resolveu brindar o PSDB, que o queria derrota-lo pouco antes, com o "prêmio" da promoção à primeira vice. Ou seja, uma absurda e inimaginável desconsideração àquela que o ajudou no seu pior momento.
Essas pequenas linhas que ora comento, servem apenas para ajudar nosso deputado cronista, em sua empreitada literária sobre o episódio.
Obrigado por sua contribuição.
Cheguei ontem de viagem e já havia lido o quarto artigo da série parsifaliana, que menciona o desgaste de Ana Julia.
Sua versão, das 12:42, é muito bem recebida como expressão do contraditório.
Mas o anonimato, infelizmente, arranha levemente a credibilidade da versão, embora elegante e muito razoável.
Serve, contudo, para expressar um ponto de vista sobre a malandragem do deputado Juvenil.
Dele ou de Jader?...rs
Abs
Olá Juvêncio,
Peço-lhe permissão para replicar o post das 12:42PM, que, ao meu ver, não faz larga contradição ao que lavrei:
01. Embora eu possa ter esquecido alguma cena, o esquecimento não significa inexpressão do ocorrido: apenas lacunas que podem ser preenchidas com omissões que não me permiti expressar no momento.
02. A Governadora, a mim, não falou que não aceitava o PSDB na mesa. Reproduzi a informação que me passou o Deputado Juvenil, após a primeira fala com Sua Excelência: não tenho motivos para colocar em dúvida a narração feita por ele da conversa.
03. O cansaço e o estresse eu constatei ao ver a Governadora. A tranqüilidade ela portava, de fato, e isto, talvez, aumentava-lhe os dois sentimentos citados. Não os narrei, todavia, em tom depreciativo da capacidade dela em manejar os fatos: todos estávamos cansados e estressados.
04. De fato era delicada a situação do Deputado Juvenil a 15 dias da eleição. É verdade que o PSDB e o G8 articulavam uma perigosa chapa para derrotá-lo, devido à virtual dupla candidatura do PMDB.
Não é fato que a unanimidade se deu em virtude de articulação exclusiva do Palácio dos Despachos: ela foi fruto, também, e exatamente, do convencimento do PSDB de acompanhar o Deputado Juvenil, e, imediatamente após constatar a vinda do PSDB, a agregação do G8.
O “prêmio” ao PSDB foi o motivo do seu convencimento. Ele antecedeu a maioria conquistada e não veio depois dela.
Não me detive neste diapasão, pois as crônicas começam na sexta-feira, 28.11, quando isto tudo já era passado.
Agradeço, embora sem saber exatamente a quem, o elogio à morfologia das crônicas. Esclareço ainda, que elas são absolutamente narrativas, sem juízos de valores: foi o que ocorreu e não o que eu penso a respeito do ocorrido.
Agradeço, também, a você, Juvêncio, por estar tão gentilmente repercutindo os artigos.
Obrigado,
Parsifal Pontes
Olá, deputado.
Feliz 2009 pra vc e os seus.
Obrigado por brindar-nos com sua versão sobre os fatos.
Quem dera que mais políticos seguissem seu exemplo e manifestassem suas opiniões sobre os bastidores da política na blogosfera.
Estou certo que inciativas como a sua contribuem para criar uma nova sociabilidade também na política, acessando, à públicos cada vez maiores, o conhecimento - e de certa forma o exercício - e a crítica da política.
É um bom caminho para , digamos, subirmos de patamar nessa questão.
Com as férias do Quinta, os links para suas crônicas continuam em "meu outro" blog, o Flanar.
Acabo de postar a de hoje.
Abs e boa sorte.
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