23.12.08

O Tempo de Ser

- É a Governadora! Anunciou ele.
Fez-se silêncio. Ouvia-se a voz de Sua Excelência ao alto falante do celular, mas não se conseguia decifrar-lhe a fala.
O Deputado Juvenil, na delicadeza de nos por a par do diálogo, repetia alguns trechos da fala de Sua Excelência, que, para ela, soavam como interlocução e para nós como peças na formação da mensagem.
Ao fim, a governadora brincou de lá, em um trocadilho astutamente malicioso a respeito da escolha que deveríamos fazer. O Deputado Juvenil devolveu de cá e despediram-se.


Excerto do terceiro artigo do deputado peemedebista Parsifal Pontes, que conta a saga da eleição da mesa da Assembléia Legislativa.
Na íntegra aqui ( clike no Artigo da semana)

11 comentários:

Anônimo disse...

O que pretende o deputado Parsifal?

Despertar o interesse dos editores pelos direitos de publicação do livro "memórias do deputado Parsifal".

Eu não sou editor, mas na condição de leitor já reservei recursos para comprar um exemplar.

O nobre deputado escreve muito bem.

Anônimo disse...

Qual terá sido o trocadilho malicioso? O Dep. Parsifal não devia nos deixar assim curiosos.

Anônimo disse...

Essa foi boa. A Ana queria convencer o Jader e o Jader a Ana, ou seja, um queria enganar o outro. Isto está ficando legal.

Anônimo disse...

O PMDB e o PT vão entrar rachados no próximo ano. Não tem jeito o PT só quer pra ele.

Anônimo disse...

Ana, engana o Pará inteiro. Que bom que será por pouco tempo.
Ana, em verdade, não tem sorte. Tudo de ruim aconteceu em seu desgoverno, inclusive várias barbáries contra a mulher e as crianças.
Nosso Pará, não pode contar com a falta de sorte de Ana Julia.
Precisamos de gestores, competentes, com equipes sérias e compromissadas.
o Azar, não deve acompanhar o povo do Pará.

Anônimo disse...

Mas o Jader também não é a opção e nem o Jatene. É hora de gente nova. Estes todos que se candidatam sempre tem que dar vez a outros.
Ia me esquecendo. As cronicas estão ótimas.

Anônimo disse...

o Dep. Parsifal devia publicar um livro depois contando tudo que ele não está contando aqui.
Pelo menos nos meios políticos ia ser sucesso.

Anônimo disse...

Juvencio,

Participei ativamente das reuniões que precederam a eleição na AL, até as 03:00 hs do dia da eleição e posso afirmar tranquilamente que nem tudo que o Parsifal informa é a expressão do que ocorreu. Ele escreve mt bem concordo, mas esquece alguns fatos:

1 - Em nenhum momento a governadora falou que não aceitaria o PSDB na Mesa. Ela não aceitava a "premiação" de alçar o partido de oposição, implacável, e muitas vezes absurda e injusta, diga-se, da 2ª vice para a 1ª.

2 - Não constatei a governadora com o ar de cansaço ou de estresse. Preocupada, sim, todos estávamos, mas de certa forma, percebi a governadora tranquila, talvez por saber que o Juvenil reconheceria, como afinal reconheceu, que se excedeu na medida.

3 - O Juvenil, a uns 15 dias que antecederam a eleição, caminhava para uma possivel e provável derrota, fruto de racha no PMDB (Juvenil x Carmona). O PSDB, diante da indecisão e do racha, sorrateiramente articulava uma chapa alternativa, que não fosse a intervenção da governadora, fatalmente teriam sucesso. Após a governadora articular, com muita habilidade, a maioria para o Juvenil, este, resolveu brindar o PSDB, que o queria derrota-lo pouco antes, com o "prêmio" da promoção à primeira vice. Ou seja, uma absurda e inimaginável desconsideração àquela que o ajudou no seu pior momento.

Essas pequenas linhas que ora comento, servem apenas para ajudar nosso deputado cronista, em sua empreitada literária sobre o episódio.

Unknown disse...

Obrigado por sua contribuição.
Cheguei ontem de viagem e já havia lido o quarto artigo da série parsifaliana, que menciona o desgaste de Ana Julia.
Sua versão, das 12:42, é muito bem recebida como expressão do contraditório.
Mas o anonimato, infelizmente, arranha levemente a credibilidade da versão, embora elegante e muito razoável.
Serve, contudo, para expressar um ponto de vista sobre a malandragem do deputado Juvenil.
Dele ou de Jader?...rs
Abs

Anônimo disse...

Olá Juvêncio,

Peço-lhe permissão para replicar o post das 12:42PM, que, ao meu ver, não faz larga contradição ao que lavrei:

01. Embora eu possa ter esquecido alguma cena, o esquecimento não significa inexpressão do ocorrido: apenas lacunas que podem ser preenchidas com omissões que não me permiti expressar no momento.

02. A Governadora, a mim, não falou que não aceitava o PSDB na mesa. Reproduzi a informação que me passou o Deputado Juvenil, após a primeira fala com Sua Excelência: não tenho motivos para colocar em dúvida a narração feita por ele da conversa.

03. O cansaço e o estresse eu constatei ao ver a Governadora. A tranqüilidade ela portava, de fato, e isto, talvez, aumentava-lhe os dois sentimentos citados. Não os narrei, todavia, em tom depreciativo da capacidade dela em manejar os fatos: todos estávamos cansados e estressados.

04. De fato era delicada a situação do Deputado Juvenil a 15 dias da eleição. É verdade que o PSDB e o G8 articulavam uma perigosa chapa para derrotá-lo, devido à virtual dupla candidatura do PMDB.
Não é fato que a unanimidade se deu em virtude de articulação exclusiva do Palácio dos Despachos: ela foi fruto, também, e exatamente, do convencimento do PSDB de acompanhar o Deputado Juvenil, e, imediatamente após constatar a vinda do PSDB, a agregação do G8.
O “prêmio” ao PSDB foi o motivo do seu convencimento. Ele antecedeu a maioria conquistada e não veio depois dela.
Não me detive neste diapasão, pois as crônicas começam na sexta-feira, 28.11, quando isto tudo já era passado.

Agradeço, embora sem saber exatamente a quem, o elogio à morfologia das crônicas. Esclareço ainda, que elas são absolutamente narrativas, sem juízos de valores: foi o que ocorreu e não o que eu penso a respeito do ocorrido.

Agradeço, também, a você, Juvêncio, por estar tão gentilmente repercutindo os artigos.

Obrigado,

Parsifal Pontes

Unknown disse...

Olá, deputado.
Feliz 2009 pra vc e os seus.
Obrigado por brindar-nos com sua versão sobre os fatos.
Quem dera que mais políticos seguissem seu exemplo e manifestassem suas opiniões sobre os bastidores da política na blogosfera.
Estou certo que inciativas como a sua contribuem para criar uma nova sociabilidade também na política, acessando, à públicos cada vez maiores, o conhecimento - e de certa forma o exercício - e a crítica da política.
É um bom caminho para , digamos, subirmos de patamar nessa questão.
Com as férias do Quinta, os links para suas crônicas continuam em "meu outro" blog, o Flanar.
Acabo de postar a de hoje.
Abs e boa sorte.