2.12.08

Jogos

Na terça da semana que passou, 25, estava tudo acertado para a reeleição de Domingos Juvenil ( PMDB ) na Assembléia. O apoio do governo foi anunciado no site da Agência Pará no meio da tarde daquele dia. Na quinta, 27, segundo o blog do Cjk, PMDB e PSDB colocaram na mesa a hipótese de uma aliança em 2010, e o nome do tucano Ítalo Mácola na 1ª Vice, num claro sinal que Jader Barbalho queria mais, embora ( ainda ) não se saiba exatamente o que.
A governadora Ana Julia reagiu e prometeu o enfrentamento, que não se concretizou. Faltariam votos, entre tres a sete, dependendo da fonte.
Mas se 2010 é o paraíso, antecipá-lo seria o precipício, para o governo e seu principal coligado, dependendo da ótica. Um sairia do governo - e das verbas, que, sabemos, movem as máquinas partidárias - e o outro entraria, de vez, na incerteza legislativa, até com supostas ameaças de instalação de uma CPI do Hangar, que poderia atingir o vago do governo.
O PSDB cedeu, o PMDB cedeu, mas o governo cedeu mais do que todos.
Na Teoria dos Jogos, quem tem maiores possibilidades de perder uma contenda maximiza seu rendimento ameaçando, e depois sartando fora. Foi o que fez o governo. Reparem que todos os votos possíveis do governo - não importa se seriam 14 ou 18 - voltaram atrás. A coalizão continua, mas num padrão diferente.
Pode não estar enganado quem começar a se preocupar menos com o governo, menos com o PT, e mais com a governadora.
E com toda a certeza é bom se preocupar mais com o estado das artes da política paroara.

29 comentários:

Anônimo disse...

Do www.juventudeempauta.blogspot.com

NOTAS SOBRE A ELEIÇÃO DA ALEPA

Há uma semana atrás, o debate sobre a sucessão da presidência da ALEPA estava localizado no PMDB. Pelo acordo com o PT, caberia ao partido indicar a cabeça de uma chapa governista. A sigla, contudo, se imiscuiu numa disputa interna entre Domingos Juvenil, atual presidente, e Martinho Carmona, que argumentava ter um acordo com Jáder Barbalho para suceder Juvenil.

Durante a viagem da governadora à China, o PMDB bateu o martelo: era Juvenil novamente. Dias depois, o governo anuciaria seu acordo com o nome e tudo estaria resolvido. Um passo à frente e o candidato pemedebista obtinha a adesão até mesmo do PSDB, o que superficialmente poderia ser considerada uma vitória inconteste do governo, quiçá um prenúncio de tempos melhores para a governabilidade, ainda mais que se tratava da direção legislativa num ano crucial para o governo tentar construir as bases para sua reeleição em 2010.

Ocorre que em no fim da semana passada, o governo colocou na pauta uma anti-agenda: a governadora vetava a participação do PSDB na chapa, sustentando a posição de que isso era uma composição tácita entre tucanos e PMDB para 2010, um início de conversa. Para fora, argumentava que nos anos amarelos o PT esteve sempre excluído da mesa e, agora, era hora do troco. Para completar, anunciou que a manutenção do acordo significaria uma ruptura do PMDB com o governo.

Essa era uma posição que continha um conjunto de absurdos. O primeiro era qustionar um acordo que representava externamente uma vitória do governo. O segundo foi o categórico "não" ouvido de volta. O terceiro foi transformar, em potencial, uma vitória do PMDB em uma derrota sua. O quarto foi renunciar, de antemão, a disputar o PMDB com o PSDB, fazendo ouvidos de mercador para o fato de que o primeiro é fundamental para a governabilidade de maioria no parlamento estadual, voto fundamental para a reeleição e que, além de tudo, ter uma boa relação com a seção paraense do partido ajuda a fortalecer a idéia desta aderir ao candidato lulista em 2010 para a presidência.

Acontece que o plano inicial da nova gestão da articulação política governista é, até agora sem nenhum motivo consistente a não ser uma pureza hospitalar que não pratica e um doutrinarismo academicista esquerdista, tirar o PMDB do bloco. Só que isso precisa de uma justificativa pública para a sociedade que a elegeu e para o PT, que apóia a aliança. Então, nenhum dos elementos supracitados são considerados pelo governo. Contudo, a operação "mesa da ALEPA" nem para fundamentar uma ruptura posterior serviu, pois ficou nítida a responsabilidade do governo com o então racha com o PMDB, assim como é claro que a hostilidade parte da Casa Civil, haja vista a eleição municipal, na qual o governo apoiou indecorosamente Duciomar Costa, ou o acordo vinícola com o grupo dos Maiorana.

Durante a madrugada, foi tentado absolutamente tudo para sacar um anti-Juvenil. Empreitada fracassada. Restou apoiar o candidato à reeleição para o feio não ficar escabroso. Ameaçando ir para a disputa da mesa com chapa separada, contava apenas com bancada do PT e do PTB, que retribuiria o favor eleitoral. Recuou novamente para uma chapa única, onde prevalece o G-9, grupo achincalhado como ultra-fisiológico, direitista, oportunista etc. pelo governo e uma das bases que serviram para justificar a substituição na Casa Civil (o grupo recentemente foi retalhado nas indicações que fez ao governo), com João Salame na 1a vice-presidência; o PMDB, que emplacou a cabeça da ALEPA sem a dignididade do combate com o governo; e, finalmente, com a presença do PSDB na 2a vice-presidênca. Ora, quanto a isso, o debate começou com o veto da governadora à presença tucana, fonte da ameaça de ruptura com o governo. Aceitar o PSDB na 2a vice-presidência já foi obra do recuo que beirava o ridículo de uma negociação onde já se estava rendido e lembrava pequenas picuinhas de semi-acordos firmados no movimento estudantil. O espírito da coisa era ganhar algo para ter "o que falar em casa". No final das contas, a máxima representação petista na mesa, o deputado Miriquinho Batista, é integrante da Unidade na Luta, tendência petista liderada por Paulo Rocha, detestada e admoestada pelo Palácio dos Despachos.

O resultado de hoje foi uma vitória, portanto, do PMDB, do G-9 e do deputado federal petista. Aliás, os atores fundamentais dos consensos firmados.

Da parte do governo, segue-se não uma derrota desmoralizadora, que aconteceria caso esticassem mais a corda, mas ainda assim uma derrota, aquela que rebaixa a dignidade da política no altar da imaturidade, inabilidade, desconhecimento da dinâmica de uma Casa onde a característica fundamental é o entendimento. Foi a vitória de governanilidade sobre o sectarismo esquerdista-burocrático. Foi a vitória do poder legislativo, cujos atores entraram em cena e mostraram porquê lá estão, sobre a arrogância de uma articulação política do Executivo que trata o parlamento como um saco de laranja predisposto trocar qualquer coisa num barganha em cima da hora.

O momento pós-eleição da mesa é de reflexão e enseja uma bifurcação. A governabilidade pode ser restabelecida caso se repactue com o PMDB, para o que ainda é tempo já que o partido sagrou-se vencedor sem anunciar ruptura; se restabeleça uma linha conciliatória ao invés de conflitiva com parlamento, se restabeleça o respeito para com todos os deputados como representantes eleitos, goste-se ou não da democracia representativa, denuncie-se ou não os vícios dela. Política, principalmente articulação política, se faz no caso concreto, com a realidade tal qual se manifesta. E, por fim, reconheça-se que o G-9 é expressão da fraqueza partidária do país, mas é uma força política que deve ser considerada como importante e parceira.

Este é o momento ideal para promover essas mudanças, alterando, em defintivo, a direção da articulação política que, desta vez, quase leva o governo à desgraça irremediável.

Anônimo disse...

Juca,

Hoje o nome do Dep. João Salame (PPS) foi o nome encontrado na AL para ocupar a 1 vice. Ainda esta semana haverá uma eleição no Sebrae cuja chapa do governo será composta por Sebastião Miranda e Ítalo Ipojucan.

Veja bem, três políticos de Marabá ocupando posição central no debate político paraense numa semana muito importante.

Me parece importante analisar a relação do governo com esse triunvirato. Essa aproximação pode ser um fato novo e "mais importante" do que a disputa pela primera-vice presidência na AL.

Se essa suposição estiver correta, esse "movimento do governo de aproximação de lideranças do sul do estado" demonstra que a Casa Civil está atuando com firmeza e determinação rumo a ampliação do leque de alianças do PT & Govenro para os próximos dois anos.

Anônimo disse...

Não vejo relação entre política de alianças, Casa Civil e Marabá na jogada. Vejo sim entre o Público marabense e os cofres públicos na eterna briga contra Diário do Pará empreendida pelo Gov.
Isso me parece papo de marabense gabola..

Anônimo disse...

" Durante a madrugada, foi tentado absolutamente tudo para sacar um anti-Juvenil. Empreitada fracassada. Restou apoiar o candidato à reeleição para o feio não ficar escabroso."


Política, principalmente articulação política, se faz no caso concreto, com a realidade tal qual se manifesta.

Enquanto a cidade dormia Juva AGIU haBilmente, minusculas fora = EJB.
Agora vou dormir o utro olho enquanto o outro mira o saco de gatos.
zzzzzz ......

Anônimo disse...

Juca, não entendo: você diz que o governo cedeu mais que todos. No entanto, o PMDB e o PSDB é que tiveram que ceder no principal - a saída de Ítalo Mácola da primeira vice. A governadora viu 2010ameaçado e foi para o tudo ou nada. Jader - e todos os pendurados em cargos da quota do PMDB no Estado - avaliou o tamanho do estrago e aceitou remover o Mácola. Acho que o governo arriscou alto, mas estava disposto a assumir o caos da expulsão do PMDB do governo. A antecipação da aliança Jader-Jatene afrontou Ana Júlia e ela foi pra cima, maximizando seus trunfos. Os outros é que cederam. Ana Júlia venceu.
Você não acha irônico que o PMDB se valha de um escândalo plantado pelo Liberal (caso Hangar) para ameaçar o governo?

Anônimo disse...

Só falta quem se interesse pelo Estado.

Anônimo disse...

A mesa da Assembleia deve expressar a representação pluripartidaria presente na casa. Assim é a democracia, a tentativa da DS de querer virar a mesa depois de acordo firmado com a liderança e a bancada do PT pareceu coisa de neófito na política partidaria do Pará. Só esqueceram da astúcia do JB.

Anônimo disse...

Perderam o PSDB e os que apostavam no rompimento com o PMDB - como o G-8 - para abocanhar os restos que sobrassem . Agiu com profissiionalismo e pragamitismo o governo : impediu que o PSDB fosse o primeiro na linha sucessora da ALEPA , como queria, e impediu uma crise com o maior partido da coaliz�o governista, que poderia ter efeitos negativos . � bom lembrar, com Juvenil na ALEPA o governo n�o teve problemas significativos coma dire�o da Casa.

Anônimo disse...

Meu amigo, perdeu foi o PT que teve que engolir um tucano na mesa.

Anônimo disse...

Tem nitro na Perereca.

Anônimo disse...

Essa eleição naAlepa é só para inglês ver. o que interessa para o governo é fortalecer as ações do PTP. Não é mesmo governadora ? Nessas ações os deputados não apitam nada. Quem manda são os conselheiros que decidem o que vai ser prioridade nos municípios. Enquanto os deputados discutem ou gazetam no parlamento, as ações do PTP vão adiante. Querem ver é só viajar ao interior e ver as aplicações das obras. Os deputados... esses foram deixados de lado. E para encurtar: O comando do PTP, nem é oficializado pelo parlamento, mas está firme como uma maçaranduba. Adiante conselheiros!

Anônimo disse...

Recordar é viver:
1) A Ana Júlia e o núcleo duro do PT , depois de uma reunião com os quatro deputados do PTB, disseram em alto e bom som que queriam uma vaga na mesa para o aliado PTB. Seria a forra para o apoio à candidatura de Duciomar à Prefeitura de Belém.
RESULTADO: NÃO TEM NINGUÉM DO PTB NA MESA.
2) A governadora disse pra todo mundo ouvir que não aceitava nenhum nome do PSDB na mesa. Chegou até a relembrar os 12 anos tucanos em que o PT ficou sempre de fora de qualquer composição.
RESULTADO: O PSDB OCUPA A SEGUNDA VICE-PRESIDÊNCIA
3)A governadora Ana Júlia negociou pessoalmente, até na madrugada desta terça-feira, com quase todos os deputados, menos do PSDB, é claro, tentando formar uma chapa para enfrentar a chapa do deputado Juvenil. Primeiro foi o Luís Sefer. Depois com o próprio Carmona, que foi na verdade quem articulou a volta pro outras vias.
RESULTADO: TEVE QUE ENGOLIR O JUVENIL COM O JADER-JATENE GOELA ABAIXO.
4) A governadora e o seu grupo político já tiveram tempo - já se passaram dois anos, de aprender um pouco de política e deixar de fazer bobagem. Se não bastasse um governo sem realizações, é complicado tornar-se um governo de derrotas políticas. É uma atrás da outra.
RESULTADO: DESSE JEITO CHEGA EM 2010 ESFACELADA, SEM CONDIÇÕES DE APRESENTAR NADA PRA POPULAÇÃO E SEM POSSIBILIDADES DE VIABILIZAR SUA CANDIDATURA COM APOIO DE FORÇAS POLÍTICAS-PARTIDÁRIAS DO ESTADO.
5)Ainda há tempo pra mudar alguma coisa. Mas é preciso, antes de mais nada, mudar o que está aí.
RESULTADO: VÃO TER QUE CORRER ATRÁS DO PREJUÍZO. E NESSE CASO, COM A METADE DO TEMPO , QUE SÃO OS DOIS ANOS QUE FALTAM, A PRESSA É A INIMIGA DA PERFEIÇÃO.

De qualquer forma, não custa nada esperar.

Carlos Roberto

Anônimo disse...

Perfeita a interpretação e o raciocínio do núcleo 13 sobre a eleição da ALEPA. Um comentário desapaixonado e realista sobre os fatos vividos.

Anônimo disse...

Desde quando a primeira vice é super importante na ALEPA? Depois do Presidente, o 1º secretário é o todo poderoso. Nadica de nada passa sem a sua assinatura. Daí, dizer que o tucano Mácola, iria ameaçar a república, por ocupar essa vaga, é graça. Ele está na 2ª vice, ou seja, desceu apenas 1 degrauzinho. O bafafá, com certeza é ouuuuuuutro. O Juvenil tem muuuita saúde, entendeu? hehehehe

Anônimo disse...

Não somos marabaenses gabolas. Mas como não se orgulhar de ter um deputado de primeiro mandato, do interior, de um partido médio, na primeira vice-presidência da Assembléia Legislativa? O quarto na linha sucessória de poder. Parabéns ao deputado João Salame, que mais uma vez mostrou sua capacidade de articulação.

Nadinha de souza disse...

Juca,

O governo joga para a torcida dizendo que ganhou a disputa quando Ítalo Macola aceitou a 2a vice-presidência.
Tá bom. Então quer dizer que a 'declaração de que o PMDB poderia se considerar rompido com o governo caso mantivesse o PSDB na chapa (e não Ítalo, no primeiro instante, a operação madrugada em busca do anti-Juvenil, que fracassou; e o tiro de festim de bater chapa foi tudo porque o Ítalo ia ser o 1o vice-presidente. Faça-nos o favor!
Das duas, uma:
Ou o ítalo é monstro da política nos padrão de um Tancredo Neves, Getúlio, Ulysses, Brizola etc e este cargo com tanto "poder" ameaçaria a reeleição.
Ou estamos diante de uma direção política surtada, ensandecida, totalmente desequilibrada.
A primeira hipótese inclui a segunda.
Será que eles pensam que a gente não pensa?

Anônimo disse...

Juva!
Notícia direto da mais alta corte do país:

O Senador Mário Couto (PSDB/PA), investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela prática de crime eleitoral, concordou com a proposta de transação penal feita pela Procuradoria Regional Eleitoral e ratificada pela Procuradoria Geral da República, e vai doar, mensalmente, uma série de medicamentos para a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, pelo período de um ano.

O Ministro Marco Aurélio, relator do Inquérito (INQ nº 2.539) que tramita na Corte contra o senador, homologou a transação, pela qual o parlamentar se comprometeu a doar para o hospital, por mês, 5 frascos de albumina humana, 500 cápsulas de Cefalexina, 3 ampolas de Clexane, 5 ampolas de Mathergan, 5 frascos de Maxcef e 100 comprimidos de Espironolactona.

Todo mês, ressaltou o ministro, o senador deve encaminhar os documentos comprovando o cumprimento de sua obrigação.
(Fonte: STF)

É, quem tem, tem medo!
Abs.,
O Vigiador.

Anônimo disse...

DonAna não ganha uma sequer, lembram das duas dos Tribunais Zeca Araújo e Cezar Colares. Até parece bebado brigando em festa que não sabe em quem bate e apanha de todos. O puty se esputifou Ah,ah,ah....
Que saudade do Charles!

Anônimo disse...

Subestimar o cargo de primeiro secretário da AL para dizer que Ana Julia perdeu é demais! A questão - publicada em todos os jornais - era: o PT não aceitava que o PSDB ficasse na primeira vice. E não ficou. Que tenha permanecido na chapa (como segundo vice), tudo bem, faz parte do jogo político. E outra: Jader teve que antecipar um lance que guardava para 2010 e colocou de pé, mais ainda, a orelha da Ana Júlia. As tentativas de desqualificar os articuladores políticos do governo também fazem parte do jogo político.

Anônimo disse...

Juvencio, veja como é a política.

Há 15 dias atrás a ALEPA estava rachada. O PMDB, dissimulado como sempre, ainda não havia decidido (pelo menos oficialmente), quem escolheria para a presidencia, se Juvenil ou Carmona. Assim, os dois dividiam os votos e nem um deles tinha maioria na Casa, isto é fato.
O PSDB enxergou ai uma oportunidade para "se dar bem" e começou a articular com o PTB e o G8 uma chapa para derrotar Juvenil e abocanhar a presidencia da ALEPA. Nos corredores da Casa os deputados diziam entreouvidos que se a eleição fosse naquele momento, Juvenil e consequentemente o governo, perderiam a eleição.

Jevenil, percebendo que tinha grandes chances de perder a presidencia, implorou ajuda da governadora Ana Julia e da bancada do PT. A governadora e o PT articularam com os mesmos G8 e o PTB e mais os outros partidos da base, PSB, PSC, PDT e PTB o apoio decisivo para o peemdebista.

Após a confirmação de que o governo e a base garantiam sua eleição, Juvenil e o PMDB, rompendo o acordo firmado com o próprio governo que previa a manutenção dos mesmos partidos na composição para a reeleição da Mesa, excluiram o PTB e "premiaram" o PSDB com a vaga de 1o vice presidente.

A gov não aceitou a composição e tentou, através do diálogo (conversou com Juvenil depois com Jader), mostrar ao PMDB a incoerencia de "premiar" um oposicionista (PSDB), e excluir um aliado (PTB). Ela, numa atitude democrática e de respeito ao parlamento, disse ainda aos dois caciques do PMDB que, ao contrário do PSDB nos 12 anos de governo, que nunca permitiu um partido de oposição ocupar sequer a 4a secretaria, não se importaria de deixar um oposicionista na 2a vice. Ai, sem qualquer motivo a não ser a pactuação de aliança em 2010, o PMDB fez beicinho e respondeu com um sonoro "não" à governadora e decidiu manter o Ítalo Mácola na futura 1a vice presidencia.

Ao assumir a defesa do PSDB o PMDB tentou "peitar" a governadora e "esticou a corda" até segunda feira de manhã, na idéia de que ela aceitaria, sem reação, a afronta desnecessária por parte de seu principal parceiro. Ledo engano do PMDB, pois a gov começou articular uma manobra para "convencer" o partido do Jader através da "força", já que pelo diálogo não conseguiu sucesso. Ela avisou aos caciques do PMDB (Jader e Juvenil), ou recuam ou sairiam do seu governo.

Ai acendeu a luz vermelha no "staff" peemedebista, que recuou e propos uma saida honrosa para ambos, Italo Mácola ficaria na 2a vice e Salame na 1a, ou seja, fariam exatamente o que a governadora sugeriu desde o início do imbróglio. Resultado do recuo do PMDB: uma votação quase que absoluta na Casa nas chapas vencedoras.

Ve-se que na democracia, quando há o diálogo, todos são vitoriosos. Não houve nem vencedores nem perdedores, mas sim muita prudencia e bom senso por parte de ambos, principalmente do PMDB, que tentou afrontar a governadora e viu que iria sair muito caro seu gesto. Preferiu o calor do poder.

Esta é a verdade, resumida concordo, mas retrato fiel e sem paixão, do ocorrido nesse episódio da eleição da próxima Mesa Diretora da ALEPA.

Anônimo disse...

Hei anonimo das 8:23 ! Ai voce acordou, ou terminou a estoria que te contaram?

Anônimo disse...

Eita, anônimo das 8:23, vejo quanto aprendeste com J. Goebbels!
Eis o escriba de Cláudio Puty, o derrotado de todos os confrontos!
Ou será o próprio?
Para o que falou em PTP:

Meu caro, sem governabilidade na ALEPA, pode ter o PTP mais lindo do mundo que não aprova as demandas no parlamento, o que é OBRIGATÓRIO. Orçamento tem que passar por lá seja feito como for e por quem for. Agora não é o caso de um PTP que bomba, está sim uma grande porcaria desorganizada e só agora voltou a ser pauta porque as coisas no parlamento desgringolaram de vez.
Mas, venham. Sem programa, altamente impopulares e detestados na ALEPA, vai ser mais peia para se somar a 2010.

Anônimo disse...

Conta outra, das 8:23! Só pq estamos no Natal e na Amazônia, todo mundo acredita em lenda amazônica....

Anônimo disse...

Caramba, a Ana Cunha é do PSDB (pelo menos em tese), e é dessa mesa , dessa que ainda está valendo. O Ítalo na 1ª vice, não faria a menor diferença. A questão do stresse é outra, é a aproximação do Jatene do Jader.

Anônimo disse...

O anônimo das 8:23 conta a estória que lhe agrada. Deve acreditar em papai-noel ...

Anônimo disse...

É impressionante como vocês se ocupam com bobagens e acham que 2010 está sendo decidido em um lugar onde não se decide absolutamente nada. Vamos fazer um exercício simples de "análise-retrospectiva", como intitulou um marxista conhecido. Quem dominava a Alepa de cabo a rabo em 2006? O PSDB e o DEM. Tinham todo o poder e isso incluia um "governo bem avaliado" que lhes derramava loas e recursos. Essa mesma aliança dominava, também, o maior jornal e a emissora de TV de maior audiência no estado. Legislativo, executivo e controle da imagem, juntos. Quem poderia derrotar essa gente? Pois é. A Ana Júlia derrotou. Ah, sim. Contou com o PMDB, que foi também quem elegeu o desconhecido Jatene em 2002 e, por WO, deixou Almir ganhar em 1998. Jader tem centralidade e controle do partido. Sabe fazer conta. Sabe que Jatene não é ninguém e que o PSDB tem 6% de intenção de votos e apenas 13 prefeiturazinhas mixurucas. Pergunto: por que arriscar a vaga no senado na chapa da governadora para ajudar Jatene ou o PSDB a retornarem dos mortos? Dêem um único argumento que não seja "paixão de torcedor" dos tucanos que habitam este espaço? O que Jadxer fez foi esticar a corda para depois dar uma rasteira no PSDB que, otário e fraco, acreditou que poderia ficar com a primeira vice presidência da casa legislativa sem ter poder político para tal. Segunda vice presidência e nada é a mesma coisa. Para que eles possam vir a ter algum poder nessa posição teria que acontecer o Apocalipse. Com todos mortos, assumiriam um lugar à direita de Deus pai. Isso se o Jader deixasse.

Anônimo disse...

O PSDB GANHOU A 1ª E A 2ª VICE PRESIDENCIA DA ALEPA:

Me questionei: pq do PPS na primeira vice da ALEPA?
Sim, Foi mais um Perdeu(11x1), e esse é um grande perdeu para Ana Julia Jatobá, a madrasta do Pará:

Fusão do PPS com PSDB
Para algumas lideranças partidárias, as eleições municipais foram uma crônica de uma morte anunciada. Talvez, por este motivo, PSDB e PPS começaram a discutir a possibilidade de fusão entre as duas siglas. O assunto foi tratado em jantar na semana passada na casa do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), do qual participaram o governador JOSÉ SERRA e o deputado federal Nelson Proença (RS), integrante da executiva nacional do PPS. Segundo ROBERTO FREIRE, o assunto ainda não está sendo discutido internamente, mas deverá entrar na ordem do dia em virtude da "inquietação" dos congressistas com a possível restrição às coligações e com a possível abertura de um período para o troca-troca partidário sem o risco de perda de mandato.
Fonte: http://rudaricci.blogspot.com/2008/11/fuso-do-pps-com-psdb.html

SOBRE A FUSÃO DO PPS COM O PSDB
A notícia publicada ontem aqui sobre a incorporação do PPS ao PSDB gerou fortes reações. O presidente do PPS, ROBERTO FREIRE, nega "oficialmente" que isso esteja em curso, mas admite que deputados e filiados estão debatendo essa alternativa.
Tucanos também confirmam. Um histórico reclamou do uso da palavra "incorporação". A Fundação Astrogildo Pereira confirma o seminário "E agora, Brasil?", que promoverá com o Instituto Teotônio Vilela. O PPS diz que essa colaboração não vem de hoje e cita o Primeiro Colóquio entre Socialistas e Sociais-Democratas, em 2003. Como diriam na China: "Um partido, duas siglas".
Fonte: clipping da Impressa Oficial do Ministério do Planejamento (15/11/08)

OS DOIS PARTIDOS FARÃO AGENDA COMUM
Estão avançados os entendimentos para o PPS se incorporar ao PSDB. O governador José Serra e o ex-deputado Roberto Freire têm conversado bastante.
Para os quadros do PPS, a união é uma questão de sobrevivência. Para os tucanos, um reforço para as eleições presidenciais de 2010. Essa negociação leva em conta a aprovação do fim das coligações nas eleições proporcionais e a abertura de uma janela para a troca de partidos.
As direções do PSDB e do PPS consideram que já existe entre eles uma convergência programática. Por isso, decidiram construir juntos uma proposta de agenda para o país, que será a base do programa de governo de José Serra. Os presidentes do Instituto Teotônio Vilela, deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB-ES), e da Fundação Astrogildo Pereira, Francisco Almeida, estão organizando um grande seminário para o primeiro semestre do ano que vem. “Muitos ex-comunistas do PSDB, como eu, estão entusiasmados com a fusão, que praticamente já existe no bloco de oposição ao governo Lula”, afirma Vellozo Lucas.

PPS + PSDB = ALIADOS
“O PPS é um aliado muito importante para nós”, disse o senador Sérgio Guerra. Na opinião dele, o partido tem um caráter progressista, um caráter contestatório, democrático, muito necessário ao PSDB. Vamos cultivar esse acordo, e isso implica em cultivar a aliança com o PPS no geral, para que os partidos cresçam juntos”, disse o presidente do PSDB, Sergio Guerra.
o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, reuniu-se com o senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, para conversar sobre a viabilização de apoios e coligações em várias cidades, principalmente nas capitais. Os dois dirigentes divulgaram nota pública (confira abaixo) oficializando a parceria e sinalizando que os dois partidos iniciam um trabalho que pode trazer novos frutos nas eleições 2010.
http://portal.pps.org.br/portal/showData/97465

Pronto, amigos, está aí mais um grande perdeu da Governadora, que mais coleciona derrotas.
Queria sugerir algo para o blog:
Vamos fazer um painel permanente com as derrotas, lambaças, denúncias, mancadas e outros do governo Ana Julia. Tenho certeza que vai fazer um sucesso.
há, vamos prepara mais ou menos assim:
Ordem cronológica dos acontecimentos, e os asseclas envolvidos.
Ok?
Um Abraço

Anônimo disse...

O que vou dizer não é nenhuma novidade, mas vale a pena ser repisado.
Numa estória com dois interlocutores, existem, obviamente, dois lados.
Mas, na verdade, pode existir um terceiro (e até um quarto), sem precisar dar azo à imaginação.
Quem prefere acreditar no Ramphastidae (by Juca) das 1:39 a vontade. Quem oPTar pelo das 8:23, livre convencimento.
Quem se filia há uma terceira ou quarta hipétese (como eu), fique em seu quadrado.
Abraços Juca!
O Vigiador.

Anônimo disse...

Ei Leopoldo, esqueceste de comentar como o Procampo influenciou na composição da mesa diretora da AL...