No edição de sábado, 20, do programa Jogo Aberto, exibido a partir das 14:00h pela Tabajara FM, o apresentador e jornalista Carlos Mendes contou que entrevistou a desembargadora Maria Helena Ferreira na sexta de tarde, 19. Ao lado de Carlos estava o correspondente da Folha de SP no Pará.
A desembargadora Maria Helena confirmou aos repórteres as denúncias que fez na reunião do Pleno que elegeu o presidente da Corte para próximo biênio.
E disse que a prática seria antiga, mas estaria atingindo níveis insuportáveis, desmotivando os colegas que já saberiam, de antemão, a sentença que viria dos intestinos deste suposto esquema.
A assessoria de site do TJ reagiu rápido às notícias do final da tarde de sexta, que davam conta das investigações do CNJ, e já no meio da manhã de sábado exibia uma nota oficial da Corte.
A nota, entretanto, tem problemas.
Deplora a oportunidade da apresentação da denúncia, que viria acontecendo há bastante tempo, sem que a denunciante houvesse encaminhado antes, a quem de direito, as provas ou indícios dos fatos denunciado, sugerindo, portanto, um possível crime de prevaricação pela denunciante.
Ora, o fato do suposto esquema ter começado há bastante tempo não significa que a denunciante dele tivesse conhecimento há igual período, nem que não seja capaz de obter e apresentar provas do que afirmou.
No dia seguinte à denúncia, outra desembargadora, Sonia Parente, que goza de excelente reputação no judiciário paroara, também se moveu na direção da denúncia.
Ademais, a nota trata a inspeção como rotineira, embora ela resulte da quantidade de denúncias encaminhadas ao Conselho Nacional de Justiça relativas ao volume de processos que aguardam sentenças no TJ paroara há mais de cem dias - 3.139 - além de outras possíveis irregularidades, como a que gerou a investigação, em curso no CNJ, sobre esse suposto esquema de distribuição de processos.
Mas a nota traz boas notícias, como a instalação de uma comissão de apuração, paralela ao CNJ, com a missão de investigar, divulgar e responsabilizar eventuais culpados, um recado claro à desembargadora Maria Helena Ferreira que, há um ano da aposentadoria, vê-se na contingência de comprovar suas afirmações, ou amargar uma possível penalidade. Será que só ela? A Comisão nomeada e o CNJ responderão essa pergunta.
O TJ terá que fazer esta travessia com tranquilidade, transparência e coragem.
8 comentários:
Mestre, dez posts somente na parte da manhã!!!
Tomara que no próximo domingo você faça outro filhote, com bastante pimenta e verduras super selecionadas. Rsrsr
Boa semana
rsrs...nem tinha reparado.
Ao tempo das postagens, estudo.
Domingo que vem será uma dourada na brasa, na ilha...eheh
Boa semana pra ti tb.
Juca,
Uma dica s/o assunto acima.
Na praia do Marahu há uma barraquinha, a primeira logo, um pouco elevada, chamada "Coisas do Marahu", e cuja dona serve uma pescada branca na brasa que é uma loucura (acho que o tempero que ela usa) e além do mais o gosto musical dela é excelente - só MPB do melhor.
Mairata
Estivesse na ativa a magistrada Marta Inês Antunes Lima e a coisa no TJE estaria fervendo
Mairata, vou experimentar. Confio no seu taco.
Grande abs e Feliz Natal pra vc e os seus.
Moço, as penalidades virão. Mas só para a raia miúda claro. No final, vão descobrir que se há algum esquema na distribuição, foi algum funcionário subalterno que o montou e sozinho.
É verdade, eu gostaria de ver a caixa preta do judiciário paraense.
O segredo disso tudo sempre foi na informática, em seu diretor e o chefe comissão quem comanda a 6 anos o controle da informática, imagine o que pode fazer uma pessoa no controle deste departamento, afinal qual é o melhor lugar para apagar vestígio, o engraçado que antes do CNJ chegar, todos os servidores ficaram fora do ar, no sábado e domingo para manutenção.
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