6.2.09

O Castelo Caiu

No site do Claudio Humberto.

O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), revelou hoje, de São Paulo, à emissora Band, que decidiu destituir o deputado Edmar Moreira (DEM-MG) da função de Corregedor-Geral da Casa. Como foi eleito, ele permanecerá ocupando a 2ª vice-presidência da Câmara, mas não acumulará o cargo de corregedor.
O deputado Moreira é pivô de um escândalo onde não declarou à Justiça Eleitoral existência de um castelo, no interior de Minas, estimado em R$ 25 milhões. Segundo Temer, a Mesa Diretora da Câmara vai reunir-se na próxima terça-feira (10) para votar uma resolução que retira do segundo-vice a função de corregedor-geral.

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Coitado do Vacarezza.

9 comentários:

Unknown disse...

Vou tomar um "goró", satisfeito com a queda deste indecente. Que, espero, continue desabando.

Milton T disse...

E que mal gosto não Juca?

abr

Unknown disse...

ahahaha...a Lucia Hipólito tem razão...rs
Abs

Anônimo disse...

Por falar em castelo, por onde anda o Paulo Castelo?
Será que está escondido neste castelo?

Anônimo disse...

Aonde é a operação "Goró", Juca?

Unknown disse...

Cara, cancelei.

Unknown disse...

Das 7:55, pergunte ao Duciomar.

Anônimo disse...

Raymundo Faoro dedicou boa parte de sua vida a escrever sua obra magna, Os Donos do Poder. Nesse livro ele analisa a formação da elite política brasileira, indo buscar as razões de ser de nosso establishment desde o reino medieval português. A conclusão de Faoro é que, desde a Portugal medieval até o Brasil dos dias atuais, há uma elite política que vive constantemente revezando-se nos esforços para impedir a própria derrocada. Dentre esses esforços, os maiores são justamente evitar a ascensão do povo, seja diretamente, seja por meio de alguém que efetivamente o represente.

Pensei muito sobre isso nessa semana, quando José Sarney elegeu-se, pela enésima vez, para presidente do Senado. A esfarrapada desculpa de que fora "convocado" por vários partidos confere a Sarney a confirmação de uma característica que tem se mostrado cada vez mais premente, nos donos do poder: o cinismo. Suas declarações, suas posturas e seus atos estão cada vez mais despudorados, sem medo da reação pública ou mesmo dos rigores da lei - já que o Judiciário revela-se, pelo menos quando se trata de responsabilizar os donos do poder, de uma inutilidade atroz...

As primeiras declarações do recém eleito e atual corregedor da Câmara dos Deputados, Edmar Moreira (DEM/MG), reforçam plenamente essa característica. O deputado, mal empossado no cargo (cuja competência é investigar os malfeitos de seus pares), defendeu simplesmente o contrário: que a Câmara nada fizesse nesse sentido, deixando tudo a cargo do Judiciário. Posteriormente, Moreira foi pilhado em malfeitos que o tornam alvo preferencial do próprio cargo que ocupa. Sintomático, diante das declarações do deputado. Natural que seja assim, nesse Parlamento o corregedor seja alguém ao alvo de todas as suspeitas - inclusive enriquecimento ilícito e crime previdenciário...

Aqui abro um pequeno parêntese: o Judiciário deveria envergonhar-se profundamente de ter sido mencionado como alternativa ao dever de vigiar e punir do Parlamento. A confiança de que nada vá acontecer, caso tudo seja remetido à alçada do Judiciário, parece ser plena, a ponto do suspeitíssimo Moreira ter defendido tal solução.

Mas o pior mesmo é verificar, mais uma vez, que no topo de um dos Poderes da República não há remédio jurídico para afastar um corregedor que deveria ser correicionado, a ponto da Câmara ter que correr para votar, de afogadilho, uma Resolução que lhe permita afastar Moreira. Isso mostra que a nossa Democracia ainda é extremamente frágil e que o pesadelo Renan Calheiros pode acontecer novamente, a qualquer momento. Os donos do poder permitem que a história se repita, e justamente como farsa. É dessa farsa burlesca e cínica que se alimentam, há séculos, impedindo que o Poder venha a ser apropriado pelo seu verdadeiro dono - o Povo...

Anônimo disse...

Professor Alan,
O establishment atual é do povo. Hoje um metalúrgico (???) é Chefe de Estado republicano.
É o que temos atualmente, taí a merda sendo mexida. Ressuscitando o que de pior temos na política. É Sarney, Temer, Moreira, barbalhos et caterva.
Só que a ascarosidade de baixo está vindo à tona. E para ficar acima não existe escrúpulos, - palavra que não exite no dicionário dos mesmos - pois, a continuidade do aparelhamento é primordial. A lambuja é maior do que o mel. Nem que para isso sacrifiquem-se companheiros, a sede do poder é maior.
Ledo engano.
Sinonímia de ardil, artimanha, balofice, burla, cangarilhada, conto, embaçadela, embaimento, embófia, embrulho, embuste, embusteirice, embustice, endrômina, engano, engodo, falcatrua, falsidade, farsa, fraude, garatusa, impostura, intrujice, logração, logro, ludíbrio, manganilha, mentira, mofatra, pantomima, tapeação, traficância, tramóia, tranquibérnia, tranquibernice, trapaça, trapaçaria, velhacaria, vigarice.
E PT. Saudações,