No blog do Noblat, por ele mesmo (negrito nosso)
A imagem que escapou à atenção dos poucos fotógrafos escalados para cobrir a sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal (STF) mostraria o ministro Joaquim Barbosa sentado sozinho e cabisbaxo, enquanto seus pares saíam em grupo para uma reunião que duraria mais de duas horas.
Barbosa e Gilmar Mendes, presidente do STF, haviam acabado de protagonizar a mais longa e áspera discussão pública da história do tribunal. Eles trocaram estocadas durante 13 minutos. Mas foi Barbosa o autor das mais agressivas.
Nunca antes na história deste país se ouvira um ministro acusar o outro de estar destruindo a Justiça. "Vossa Excelência está na mídia destruindo a credibilidade do Judiciário", acusou Barbosa. "Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas de Mato Grosso", completou.
Antes que deixasse o prédio do tribunal, Barbosa foi procurado por dois dos seus colegas. Eles o aconselharam a pedir desculpas a Gilmar e a soltar uma nota se retratando. Barbosa recusou os dois pedidos. Foi embora para casa.
Os ministros que se reuniram em seguida com Gilmar cogitaram de redigir uma nota de censura a Barbosa. Desistiram. Limitaram-se a assinar uma nota de míseras quatro linhas de solidariedade a Gilmar. O Supremo suspendeu a sessão marcada para hoje.
Barbosa e Gilmar foram procuradores da República antes de ser nomeados ministros do STF por Lula e Fernando Henrique Cardoso. Jamais foram amigos - pelo contrário. Gilmar nunca engoliu o fato de não ter sido promovido a procurador de primeira categoria. Barbosa foi promovido.
A birra de Gilmar com o Ministério Público vem daí, segundo dois amigos dele. De temperamento mais explosivo, Barbosa tem birra com vários dos seus colegas de tribunal. Com alguns deles bateu-boca em público durante sessões do ano passado.
O que Barbosa disse contra Gilmar é sussurado por alguns ministros do STF e repetido em voz alta por juízes federais e procuradores da República. Gilmar não parece se importar com isso. Deve manter o mesmo comportamento que o alçou à condição de o mais polêmico ministro que já presidiu o STF.
É difícil imaginar como ele e Barbosa conviverão no mesmo tribunal daqui para frente. Barbosa deu aos críticos de Gilmar tudo o que eles queriam - munição de grosso calibre. Nem mesmo os juízes mais afoitos haviam tido a coragem até aqui de acusar Gilmar do que ele foi acusado por Barbosa.
O Congresso enfrenta uma dura crise de credibilidade que não se esgotará tão cedo. Só faltava o Supremo, do outro lado da Praça dos Três Poderes, ser atingido por algo semelhante.
40 comentários:
Quem merece solidariedade é o Ministro Joaquim Barbosa pela coragem em falar publicamente o que a sociedade acha do Gilmar Mendes, o representante do DEM, dos tucanos e do bandido Daniel Dantas no STF. Fora Gilmar e parabéns Barbosa!
Juvêncio,
Por dever de ofício, sempre que posso assisto a TV Justiça, e ontem fui um telespectador privilegiado desse bate boca. O Ministro Barbosa, foi porta voz de todos operadores do direito.
Newton Pereira
Joaquim Barbosa, esse sim, é " o cara"!
Bom dia, Newton.
Quem opera o direito percebe muito melhor do que os "mortais" as sucessivas ocorrências do ministro Gilmar Mendes.
A escalada do presidente do Supremo, para um bom analista, já começa a encurtar seu espaço na confiança da sociedade. Não conseguiu a desculpa do min. barbosa e nem obteve a censura pública dos pares contra seu acusador.
O episódio coloca sob suspeita o presidente do Poder, no que faz companhia aos outros dois chefes de Poder.
Aqui chegamos.
Juvêncio, por que a companhia dos outros dois chefes? Lula e Sarney estão sob suspeita? De quê? O que se propõe então, um golpe de Estado?
Sei que o assunto é sério, mas não consigo deixar de notar a semelhança entre o ministro grampeado e o personagem do humorístico A Praça é Nossa, aquele político ladrão que enrola a língua toda vez q tem q falar de assuntos sérios.
Cássio, vc sabe perfeitamente quem são os atores desta cena. Melhor do que eu até, em relação ao Lula e seu conhecimento do "mensalão".
De Sarney nem preciso falar.
Golpe? Por que? Falar em comprometimento com falcatruas, mesmo na esfera da prevaricação, é golpe?
Meus sinceros interlocutores petitas nem se preocupam mais com essa questão.
Na boa?! Um bate boca desses é mais para "ingrês" ver.
Não dará em nada, e em nada resolve.
Gilmar continuará Presidente e Ministro, e Barbosa, Ministro, e, um dia, Presidente, e tratará o Poder, e com o Poder, igual aos seus antecessores.
O STF é um tribunal, também, político, e os senhores já viram políticos brigarem e ficarem "de-mal-à-morte", mas no futuro até se coligarem? Eu já vi!
A revista Carta Capital mostrou, ainda no ano passado, que Gilmar Mendes é ruralista e sua família é latifundiária em Diamantino, no Mato Grosso. Ele está sob suspeita há muito tempo. O que disse o ministro Joaquim Barbosa é muito pouco sobre esse crápula, que teve seu bonzeco queimado em Belém, no último dia 17, mas poucos na mídia registraram a reação na frente da sede do Tribunal de Justiça do Estado.
Quem frequenta os tribunais superiores, STF e TSE, conhece a forma que o Ministro Joaquim Barbosa trata a todos que recorrem ao Judiciário: descortesia e ânimo sempre exaltado. As brigas do Ministro no TSE são frequentes.Agride os outros Ministros e os advogados ( outro dia protagonizou cena vexatória contra o Ministro Versiani, sem falar que adora agredir o Ministro Eros Grau). Falta-lhe serenidade e consciência de que divergir de sua tese ou opinião faz parte de um colegiado.Deprimente.
Eu notei o sorriso amarelo do Gilmar Mendes quando o Ministro Barbosa exigiu que ele não o tratasse como um dos seus capangas do Mato Grosso.
Embora tenha fugido á tal "liturgia do cargo", Barbosa cumpriu a tarefa histórica de expor as visceras do Supremo Tribunal Federal. Certamente, Mendes não é o único Ministro a contribuir para o enterro da nossa Justiça. O padrinho de Daniel Dantas foi capaz de superar Ministros que se originaram do Congresso Nacional (Brossard, Jobim e outros), defendendo seus padrinhos políticos.
Pena que o STF tenha apenas um Ministro com a coragem e o compromisso de Joaquim Barbosa
Das 11:04, independente de suas considerações, que respeito, qual dos dois lhe pereceu mais convincente?
Confesso que me surpreendeu a áspera discussão entre o presidente do STF Gilmar Mendes e o ministro Joaquim Barbosa. Não costumo acompanhar as sessões do STF, que julgo serem quase sempre monótonas e sem o calor de discursos mais inflamados. Joaquim Barbosa, homem corajoso, negro, sem papas na língua por alguns momentos tornou-se porta-voz de milhões de brasileiros indignados com tantos desmandos em todos os poderes da República.
Confesso que fiquei feliz. Desta vez, Gilmar se viu acuado, desafiado, sem chão, sem a mídia amiga que lhe acalanta e lhe protege. Seu palco privilegiado para encenar a falsidade, dissimulação, covardia...
Talvez, Gilmar, na sua desfarçatez tenha se visto "nú", completamente exposto e sem proteção aos ataques de um adversário de menor estatura, mas com golpes rápidos, certeiros e que o levaram a lona.
As palavras do ministro Joaquim Barbosa rapidamente percorreram a pequena sala do plenário do STF e atingiram em cheio os latifundiários e mega proprietários de terra como a Senadora da ex-UDR, Kátia Abreu (TO) que patrocina a violência no campo, vide o último final de semana em Xinguara. Aliás, o prefeito desta cidade, Davi Passos (PT) desde o último domingo vem recebendo ameaças de morte.
Outro personagem, bastante conhecido de Gilmar Mendes, o banqueiro Daniel Dantas que ri da nação com tantas benesses recebidas do ex-advogado geral da União em tempos de FHC também foi atingido pelas palavras duras e certeiras de Joaquim Barbosa. Sem se falar na dupla dinâmica DEM/PSDB. Esses, os verdadeiros algozes do povo brasileiro que entregaram para dono do Oportunitty as estatais das telecomunicações e a CVRD.
Um momento único. Um momento em que uma importante instituição brasileira - o STF conseguiu, à revelia do mar de lama, captar o sentimento da nação brasileira!
Ministro Joaquim Barbosa, parabéns!
Satchel Paige.
Juca, hoje é feriado aqui. Dia de S. Jorge. Daí que me veio à mente que o Ministro Barbosa merece uma homenagem: troféu São Jorge. Afinal, ele deu uma boa cutucada no dragão. =)
Agora eu quero ver os jornalões terem "capacidade" de explicar para o povo, pq o Barbosão disse que o chefe tem capangas..rs
O Ministro Joaquim Barbosa expressou o que muito, muitos, muitos, brasileiros atentos a cena cotidiana brasileiia gostaraiam de dizer em alto e bom som.
O ministro gilmar mendes precisa observar uma postura mais compatível com o cargo que ocupa, precisa ter um maior respeito as instituições republicanas.
É preciso enfrentar o crime organizado em todas as suas frentes de ação.
Concordo com o das 11:04, o Ministro Joaquim Barbosa é destemperado, o que não desabona as justas críticas que fez ao Dart Veider, digo, Gilmar Mendes.
Juca ,
Os "bad guy" a gente já conhecia e agora em cadeia nacional conhecemos o good guy pena que no nosso faroeste caboclo os bad guy vêm ganhando o duelo há 500 anos.
Abs
Tadeu
Joaquim Barbosa prá presidente!!!
Quem ouve as pessoas que frequentam o Supremo sabe que o ministro Barbosa parece se mirar no "impoluto" Robespierre.
Não recebe advogados em particular; anda com um séquito que lhe serve de testemunha...
Uma coisa meio pirante.
Suas teses não procuram defender o bom direito, mas a defesa do que se chama "moral dos excluídos" ou "reclamos do povo", mesmo que não tenham o Direito ao seu lado.
Teve seus 15 minutos de fama no episódio da denúncia dos mensaleiros. Adota o estilo Joaquim Francisco, aquele promotor do MP que, aliás, sumiu da imprensa.
Não é bem assim. O ministro Barbosa, com todo respeito, defende teses muitas das vezes ultrapassadas.
Tem os argumentos de amor à pátria, aliás, o último reduto dos incoerentes.
Por isso, vez por outra, para defender suas patriotadas, adota uma postura de ser a "última reserva moral do planeta", com o apoio do povo e do populacho.
Palavra da Hora
No bate-boca no Supremo, surgiu a palavra "lhaneza".
1. Franqueza, sinceridade, lisura.
2. Singeleza, candura, simplicidade.
3. Afabilidade, amabilidade, delicadeza.
Anonimo das 12:52 hs , um abraço
Tadeu do populacho.
Satchel Paige, o fato do ministro Barbosa ser negro, como você fez questão de lembrar, e foi o único aqui nos comentários que fez isso, não serve de reforço para seus argumentos, ou minora o fato que ele é grosseiro e mal educado, mesmo quando tem razão.
O ministro, infelizmente, tem sérios problemas de relacionamento com todos os demais ministros, julga-se o "perseguido", gosta de bancar a "vítima", etc., para explicar o fato de que não consegue manter uma relação de cordialidade com quem queira debater uma tese, ou discordar dele. Sempre parte para as ofensas, desconcertando o interlocutor, são inúmeras as ocasiões em que isso ocorreu.
O que queriam que o Gilmar fizesse? Dizem que ele sorriu amarelo, ora essa. Queiram que o Gilmar entrasse no clima e dissesse que até a esposa do ministro Barbosa sofreu em uma ocasião as consequencias de seu destempero, fato que foi levantado pela Imprensa na época de sua indicação ao Supremo?
Mas na época não havia ainda a Lei Maria da Penha.
O Anônimo 12:52
Mas foi ele quem teve a coragem de dizer pro Gilmar, em plenário, com transmissão ao vivo, o que o Brasil todo pensa dele.
Falou na cara o que todos cochicham nos corredores
PARABÈNS MINISTRO BARBOSA!!!
Veja so isso no STF... Imagine o que rola aqui no TJE-PA.
O judiciario é uma falacia.
Viva Barbosa, além do dia de São Jorge o dia 23/04 apartir de agora será de São Joaquim Barbosa também.
Slve Jorge, Salve Barbosa.
Até que enfim posso dizer que me orgulho do STF. Mesmo que seja apenas por alguns momentos e por um ingrante.
JOANA SAEDRA
Juca, vc já viu o funk do créu do Barbosão? http://www.youtube.com/watch?v=KkNSHrxdsu0
Juvêncio, como cientista político que é, sabe que existe uma profunda diferença entre o poder advindo da democracia direta e representativa e o da cátedra, do ritual jurídico. Os poderes são autônomos e interdependentes, mas desiguais em suas simbologias. Aí resdide a diferença que você acaba por igualar. Esse debate sócioantropológico resvala no campo simbólico da política institucional, daí, minha divergência ao que esvai em seu argumento. Nessa diferença é que se espera do Presidente de um poder minimamente arbitrário a sensatez desejada, muito mais do que em relação aos representantes dos outros poderes constituídos, estes sim mais diretamente suscetíveis ao jogo da política. Por isso, minhas estranhezas e ressalvas a sua tábula rasa. Agora, saindo, digamos, desta salutar divergência, vamos à lavanderia: toma-te Gilmar e viva o negão! Rsrsrs...
Viva o Barbosão! Fora Gilmar!!!
O Ministro Gilmar Mendes está em uma franca campanha para limitar as operações da Polícia Federal, algemar o MP e amordaçar os juízes de primeira instância. A serviço de quem?
Mestre Juca,
Publiquei, há pouco, um texto sobre o episódio no blog do Jeso Carneiro.
Em síntese, penso que o ministro Joaquim Barbosa foi de uma coragem política impressionante. Há muito, entre os operadores do direito (em diferentes instâncias) existe o constrangimento e a discondância com a atuação doidivana e antidemocrática do Sr. Gilmar Mendes.
É parte da liturgia da função de magistrado agir com discrição. Mendes tem compulsão à mídia. Sua gestão na presidência do STF só serve aos interesses do baronato da mídia e das elites, vide o caso do duplo HC ao banqueiro Daniel Dantas.
Concordo com o jornalista Luiz Carlos Azenha: pelo teor e consistência das acusações feitas pelo ministro Barbosa, Mendes e a mídia mudarão de assunto celeremente. Da "mídia grande", só Carta Capital investigou os negócios obscuros do Sr. Mendes, em bela reportagem de Leandro Fortes.
Abraços fraternos, grande mestre!
Samuca
Com todo os respeito, quem está em julgamento é o Presidente do Supremo, que não replicou as imputações que lhe foram desferidas pelo destemperado Barbosa. Este é apenas parte de uma raça excluída e que tem a missão histórica de mostrar as viscéras da Justiça brasileira, como já foi dinto antes.
Parabéns ao ministro Joaquim Barbosa...Orgulho do povo Brasileiro no STF..
O mais incrivel é ver um lugar intocável, uma parcela do poder da nação de que o povão nem ouvia falar cair literalmente na boca do povo.
A frase do dia foi: "Eita cabra velho macho aquele negão!"
Quer dizer que o Gilmar Dantas Mendes não honra o cargo que ocupa, ainda se acha no direito de apontar para um colega que ele não tem condiçoes morais? E ainda quem está errado é o Joaquim Barbosa? Dessa vez ele encontrou pela frente quem o botasse no devido lugar. Viva o Joaquim!
Ass: Mais um membro do Populacho
Juca, o ministro Joaquim Barbosa demonstra ausência de serenidade para um julgador.Grosseiro,recalcado, impertinente. Isso porém não desqualifica as acusações que fez ao Gilmar. Nunca a presidência do STF esteve assim avacalhada. Também nunca se ouviu susurros sobre a reputação de qualquer dos membros do STF, como se ouve sobre o Gilmar, aliás gritos reprimidos porque ele conta descaradamente com o apoio da midia nacional. Cadê a Veja, a Folha, o Estadão, o Globo? Que ñão divulgam seus negócios(escola de Direito, conveniada com órgão públicos,financiamento do Banco do Brasil, aquisição de terreno com preço camarada, etc. segundo reportagem de Carta Capital).
De fato, o ministro Joaquim disse um pouquinho do que as pessoas informadas gostariam de dizer.
Só resta aos blogs, como o seu, divulgar o que não sai na "grande" imprensa.
O Ministro Joaquim Barbosa nos fez sentir mais brasileiros ao falar pr'o seu Gilmar Dantas Mendes o que nós gostaríamos de falar. Parabéns JB. Você é o cara!
Em sessão do Supremo Tribunal Federal no último dia 22 de abril deste ano, travou-se um bate-boca entre o Presidente da Corte Constitucional ministro Gilmar Mendes e o ministro Joaquim Barbosa.
Graças a TV Justiça, vimos ao vivo e em cores duras palavras que foram travadas entre os ministros.
Seguem alguns trechos do arranca-rabo divulgados pela Folha de São Paulo:
Mendes, ao proclamar ontem o resultado de um julgamento, fez críticas à visão apresentada por Barbosa sobre o caso. O ministro reagiu cobrando respeito do presidente da Corte.
"Vossa Excelência me respeite. Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste país e vem agora dar lição de moral em mim. Saia à rua, ministro Gilmar. Faça o que eu faço", afirmou Barbosa.
Em resposta, Mendes disse que "está na rua". Barbosa, por sua vez, voltou a atacar o presidente do STF. "Vossa Excelência não está na rua, está na mídia destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro."
Irritado, Mendes também pediu "respeito" a Barbosa. "Vossa Excelência me respeite", afirmou. "Eu digo a mesma coisa", respondeu o ministro.
Barbosa chegou a afirmar que Mendes não estava falando com os seus "capangas de Mato Grosso". O ministro disse que decidiu reagir depois que Mendes tomou decisões incorretas sobre os dois processos analisados pela Corte.
"É uma intervenção normal regular. A reação brutal, como sempre, veio de Vossa Excelência. Eu simplesmente chamei a atenção da Corte para as conseqüências dessa decisão", afirmou Barbosa.
Mas Mendes reagiu: "Não, não. Vossa Excelência disse que faltei aos fatos. Não é verdade".
Em tom irônico, Barbosa disse que o presidente do STF agiu com a sua tradicional "gentileza" e "lhaneza". Mendes reagiu ao afirmar que Barbosa é quem deu "lição de lhaneza" ao tribunal. "Vamos encerrar a sessão", disse Mendes para acabar com o bate-boca.
Após o encerramento da sessão os ministros se reuniram e lançaram singela nota de apoio ao Presidente do STF e houve o cancelamento dos trabalhos no dia 23 de abril, a nota é assinada por oito dos 11 ministros do Supremo, uma vez que Barbosa e o próprio Mendes não subscrevem o comunicado. A ministra Ellen Gracie também não assinou o texto porque está fora de Brasília, em viagem ao exterior.
Em uma curta nota, os ministros reafirmam "a confiança e o respeito ao senhor ministro Gilmar Mendes na sua atuação institucional como presidente do Supremo". Os ministros lamentam o que chamam de "episódio ocorrido nesta data".
O episódio lamentável deixa muitas dúvidas.
Com esse comportamento, da mais alta Corte do Judiciário Nacional, o que se esperar das demais instâncias?
Desde quando iniciei o curso de Direito, sempre gostei de assistir sessões de julgamento e ao longo desse tempo, noto que atualmente os debates descambam para agressões gratuitas, ataques pessoais e menosprezo as opiniões e votos dos outros magistrados.
Já cheguei a assistir a resposta de um juiz a outro, que solicitou que fossem observadas as tradições do Tribunal, afirmar que TRADIÇÃO É NOME DE ESCOLA DE SAMBA E DE BISCOITO!.
Ainda, existem relatos na imprensa de Desembargadores terem saído às tapas em plena sessão.
Essa falta de respeito, por certo incentiva que instâncias inferiores adotem o mesmo procedimento, assim como advogados passam ao destemperamento.
Enfim, há uma crise ética e de comportamento, que infelizmente não deixou o Judiciário imune.
Exige-se do magistrado serenidade, cortesia e respeito aos seus pares, aos que buscam a Justiça, aos servidores, aos advogados e aos promotores e procuradores.
Espero sinceramente que essa mácula as tradições do Poder Judiciário Brasileiro sejam esquecidas, e melhor não seguidas, mas sim banidas do convívio social e profissional, que se impõe aos magistrados e aos demais operadores do direito.
Bom dia, Zalouth, prazer em revê-lo.
Não há dúvidas que é indesejável esse comportamento, na mais alta Corte ou até numa sla do juízo singular no mais humilde forum interiorano brasileiro, pelo que abre de portunidades para cnfrontos etre partes, advs e magistrados.
Dia desses, numa audiência na Justiça do Trabalho em São Paulo, um adv descompensou, agrediu verbalmente o juiz, recebeu voz de prisão, reagiu agredindo o sargento PM que fazia a segurança. Na confusão, o reú jogou-se da janela do segundo andar, sem maiores consequências.
Lamente-se por tudo, certamente, embora, há tempos, o ministro Gilmar Mendes fizesse por merecer receber uma crítica acertada por ao seu comportamento, cada dia mais estranho, para dizer o mínimo.
Maus augúrios rondam o Supremo - no dizer de um amigo, um doutor em teoria do Conhecimento que escreve no blog do Jeso - um espetacular cartório da impunidade na política.
Abs
O meu medo que ele pense agora que é DEUS! Por sinal depois deste episodio a TV Justiça está pensando em não passar as audiencias ao vivo.
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