No acompanhamento de casos escabrosos, é comum jornalistas soltarem as informações em conta gôtas, atraindo o alvo lentamente.
Parece que é o caso da cobertura que Paulo Henrique Amorim faz, como ninguém, dos bastidores do depoimento do delegado federal Protógenes Queiroz na CPI do Grampo, ou, segundo PHA, a CPI dos Amigos de Dantas.
Naquele dia foi notada a presença de uma assessora parlamentar do STF na sessão. Até aí nada demais. Tais assessores, entre outras coisas, servem para isso.
O problema é que a observação da observadora do STF mostrou que ela poderia estar no exercício das tais outras coisas mais. Por exemplo: trocando mensagens com o presidente da CPI, Marcelo Itagiba, ou recebendo-as de outros destinos não muito distantes e até bem semelhantes.
Seja como for, algo não saiu bem para os interesses que moveram a assessora, e ela precisou da velha, boa e insubstituível forma de comunicação: a interpessoal. Itagiba, que recebeu contribuições de empresas de Daniel Dantas para sua eleição, saiu da sala da Comissão, em pela sessão, e foi até o corredor conversar face to face com a assessora.
Todas essas ações foram denunciadas por PHA em seu blog ao longo das semanas seguintes, quando procurou identificar a moça.
Procurada, a assessoria de comunicação do STF negou que qualquer funcionária da Corte estivesse na sessão, mas negou à PHA a informação por escrito.
Sabia porque o fazia, como verenos mais adiante.
Não satisfeito, PHA perguntou a todos os ministros da casa, por e.mail, se algum deles havia mandado a funcionária à sessão. A isca estava lançada.
Alguns dias depois de um silêncio e uma lentidão constrangedoras, o ministro Carlos Ayres respondeu. Não era de seu gabinete.
Faltam dez gabinetes responderem, mas a foto que comprova a presença de Anita, aliás Dalide, aparaceu.
Quem sabe PHA poderia perguntar ao departamento de Pessoal do Supremo aonde está lotada a moça?
Ou quer cozinhar o galo lentamente, sabendo o gabinete que a enviou para travar esses diálogos aqui com o presidente da CPI?
Lula, sempre esperto, também cozinha o galo ao dizer que a patroll que Barbosa passou em Mendes na quarta foi uma discussão de futebol.
É óbvio que não foi, mas a bola esta rolando.
Um comentário:
Juca, tava na caixinha de comentários do PHA. Tah explicado.
Prezado PHA, surpreende-me seu deseconhecimento sobre a identidade da Sra. Dalide. Leia abaixo de quem se trata. No final, cargo e até o telefone.
O STF está cheirando mal.
===========================
DENÚNCIA DE PROPINA NA CAIXA
Acusação de cobrança de comissão ilegal foi registrada em cartório de Brasília e envolve funcionários do banco estatal
MAURÍCIO LIMA
Quarta-feira, 29 de Agosto de 2001
BRASÍLIA - Dois depoimentos desconcertantes estão tirando o sono da diretoria da Caixa Econômica Federal (CEF). Registrados no 3° Ofício de Notas de Brasília, os depoimentos acusam o diretor Henrique Costabile e a superintendente nacional jurídica da Caixa Econômica, Dalide Alves Corrêa, de pedir propinas para aprovar o pagamento de uma ação contra a própria Caixa. Os autores da denúncia são o advogado Gerardo Gualberto Queiroz e o empresário Milton Gatti. Eles afirmam que Dalide pediu R$ 3,9 milhões de comissão e Costabile outros R$ 5 milhões.
Fonte – Jornal do Brasil
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/economia/2001/08/28/joreco20010828001.html
Íntegra da reportagem: aqui
E o que faz atualmente a senhora Dalide?
Página do respeitabilíssimo STF: QUEM É QUEM
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=sobreStfConhecaStfQuemEQuem
PRESIDENTE: MINISTRO GILMAR MENDES
GABINETE DA PRESIDÊNCIA
ASSESSORIA DE ARTICULAÇÃO PARLAMENTAR
Assessora-Chefe
Dalide Barbosa Alves Corrêa
Telefone: 3217.4041
Fax: 3217.4045
Postar um comentário