Na patética cobertura da entrada em cena de um catamarã mais veloz e confortável para a linha Nova Déli- Marajó ( Soure, Salvaterra, Cachoeira do Arari e Santa Cruz), na edição de ontem do IVCezal, o colunista Alyrio Sabbá admite, finalmente e com todas as letras, que os problemas do turismo na micro região vão acabar. Dos turistas, é possível admitir que vão minorar. Persistirão os problemas do transporte terrestre, já que é um bi-modal.
Já os problemas de transporte dos moradores vão continuar, posto que seguirão sob os tacões da Arapariu e genéricos concorrentes: o preço da passagem do catamarã será em torno de 30% mais caro do que as latrinas flutuantes em operação.
Uma alternativa mais cara, e para poucos. Foi o máximo que o governo Ana Julia conseguiu em dois anos e meio, pela incapacidade de meter seus tacões - será que existem? - em cima das concessionárias.
Os preço aumentam para o transporte decente, os mais pobres continuarão nas latrinas indecentes, e até quem não viaja para o Marajó pagará as despesas do óleo do catamarã pois é o governo quem vai pagar o óleo diesel.
Tem mais: na edição de hoje da pocilga nariguda o Seventy informa que há locatários da Estação das Docas dispostos a entrar na justiça contra a utilização do porto do logradouro para o embarque. Tomara que entrem e levem o farelo.
11 comentários:
Pode torcer contra, para o bem do Pará, e para o bem do povo do Marajó, que o senhor acha que defende.
Eita Pará Paid'égua. Terra de gente complexada, que nem o senhor.
Devo ter sim, o complexo de meter o dedo na cara de gente sem vergonha, que nem o senhor.
Guente aí.
Essa nossa esquerda é uma piada, não tolera uma crítica e já sai com três pedras na mão...
E quando chegar o linhão do Marajó, que vai de Cametá a Breves e de Breves a Portel na primeira etapa (18 meses) e depois vai cobrir todos os 16 municípios, o que vocês vão dizer?
- Que o governo quer matar os marajoaras eletrocutados?
Ora me comprem um bode!
Nessa, vais cair do cavalo. E não esquece que quanto maior, maior o barulho do tombo. Vais acabar viajando mais rapidamente, de ar condicionado no catamarã para a tua querida Salvaterra.
Em dois anos, de acordo contigo, foi o máximo que fez Ana Júlia. E em 12 anos, Almir e Jatene não fizeram o mínimo esperado pelo Marajó.
Juvêncio, os pobres do arquipelago do Marajó só viajam rápido, quando têm de vir para Belém de helicoptero, a beira da morte.
Cadê o Plano e Desenvolvimento do Marajó? A SEIR trouxe na tira-colo vários burocratas do governo federal, foram à Brasília, realizaram reuniões, seminários, passeios, reuniões, coquetéis, reuniões, reuniões..., até que concluíram um relatório que enumera as mazelas existentes no arquipélago. Mas até agora nada o povo do Marajó continua sofrendo dos piores dos males, o abandono. Daí o complexo de inferioridade, por ser (des)governado por incompetentes e corruptos, que só fazem proselitismo e ações assistencialistas, para aliviar o lado eleitoreiro, não é a toa que o projeto do linhão será concluído (peno menos no papel) em outubro de 2010, não é preciso dizer o que significa essa data. Enquanto quase nada acontece por lá, corre solto, a malária, a pedofilia, falta de energia elétrica, precária mobilidade e de meio de transportes, falta de saneamento e água potável, analfabetismo ( um dos piores índices do país), etc.
Juvêncio, gostaria de fazer alguns esclarecimentos sobre o que foi falado neste post, pois faz pouco tempo que conversei com a direção da Companhia de Portos e Hidrovias do Estado do Pará (CPH) e soube que haverá novas exigências sobre segurança, conforto etc nas linhas hidroviárias que fazem o transporte para Msrajó. Junto com isso, o Terminal Hidroviário do Guajará, que funcionará na sede da CPH, tem previsão de entrega até julho deste ano. No local, além da estrutura especial para atender os que precisam deste tipo de transporte, tb serão oferecidos outros serviços, que aos poucos serão implantados. A CPH (vinculada á Seir) é a responsável pela gestão do terminal, sendo as obras de responsabilidade da Setran, que já estuda a possibilidade de construção e reforma de mais portos em vários municípios paraenses, tendo em vista que o transporte hidroviário favorece direta ou indiretamente quase todos os municípios. Infelizmente, até hoje não se fez uma política que melhorasse este atendimento, como agora se faz. A melhor utilização das vias marítimas melhora a poluição gerada pelos automóveis nas estradas, reduz custos de combustível, índices de acidentes terrestres, entre outros aspectos importantes. A CPH também será responsável pela gestão do Porto de Marabá, outra obra de extrema importância para o pará e especialmente, a região sudeste do Estado. Sobre o Catamarã, a aberturada da linha é um estímulo não só para o turismo como favorecerá o deslocamento mais rápido aos que precisam ir ao Marajó a serviço, por exemplo. O valor ainda nem foi definido, mas a intenção é manter a constância destas viagens até que se forme um bom público que, com certeza, valerá o investimento que está sendo feito. É bom lembrar que o turismo fomentará áreas afins, como a hoteleira, comercial e de alimentação, que é de grande importância para a população do arquipélago. Sobre a revitalização da região do Marajó, este é um projeto de âmbito federal e estadual. É uma verdadeira "força-tarefa", se é que posso denominar desta forma. O que quero dizer é que a região está tão precária, foi tão abandonada anteriormente que, hoje, rever esta dívida histórica, é tarefa para muitos. Posso exemplificar apenas com o Programa Água para Todos, que favoreceu 600 famílias em Salvaterra, desde o mês passado, quando as obras foram concluidas. Antes, somente cerca de 150 famílias tinham acesso a este bem precioso. Estive lá eonversei com moradores que carregavam balde na cabeça mais de meia hora por dia só parta poder apanhar água de qualidade nos igarapés mais próximos - faziam isso a mais de 40 anos. Peço desculpa se me alonguei, mas me senti na obrigação de prestar estes esclarecimentos, já que tinha estas informações.
Obrigada pela atenção e dá uma olhada no meu último post, Ju. A músiva é uma raridade.
Abs!
Lu.
Este pessoal da Estação das Docas quer porque quer elitizar tal espaço, já não basta os preços proibitivos praticados por todos nesta area. Se eu fosse a Ana dos Kits e Dicionários mandaria todos os navios de passageiros aportarem no antigo galpão Mosqueiro e Soure e com isto acabava com esta mania em querer elitizar tal lugar. Alem de pagarem mixaria pelo aluguel do local estes locatários querem tambem dominar os espaços que a eles não lhe pertence. Vamos Ana mostra para voce veio.
Tem jornalista cavando assessoria de imprensa, mas vai ficar a ver navios.
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