17.4.09

São Luís, 17 de Abril de 2009

O triste fim da quadrilha Lago, na descrição de Walter Rodrigues, do Colunão.

Termina em comédia e insensatez o governo Jackson Lago.Ontem à noite, depois de ver na TV que estava definitivamente cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ex-governador anunciou que só desocupa o Palácio dos Leões depois que o Supremo Tribunal Federal julgar os recursos com que pretende impedir a posse de Roseana Sarney (PMDB), marcada para hoje, às 10. Já é um discurso diferente do de poucos dias atrás, quando chegou a anunciar que deixaria o palácio “com seus próprios pés”. Ali parecia perto de aceitar o gentil conselho do deputado federal Domingos Dutra (PT), de só sair do local “morto”. (Curiosamente, Dutra nem sequer insinuou a disposição de acompanhá-lo no sacrifício). Agora já é só uma questão de aguardar mais um julgamento.
Na busca de uma “saída honrosa”, Jackson acentua a irresponsabilidade e se aproxima perigosamente do ridículo. O TSE é um colegiado constituído por três ministros do Supremo, dois do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e dois oriundos da advocacia.
Que alguém se dispusesse a desrespeitá-lo na condição de contestador em guerra com a ordem estabelecida, ainda se admite. Mas quando resiste ao TSE e ao mesmo tempo anuncia obediência ao Supremo, como se um tribunal fosse mais legítimo do que o outro, aí já não há como levá-lo a sério. Menos ainda quando diz que entrega o cargo de bom grado à Assembleia, caso os deputados dêem um golpe de estado e nomeie novo governador.
O presidente da Assembleia, Marcelo Tavares (PSB), correligionário do ex-governador, nem sonha em participar de aventuras. Em conversas reservadas, defende até a necessidade de “baixar o pau” em que sem se insurgir contra a determinação legal.
O ex-governador está lá, neste momento, como “ocupante” . do palácio, cercado de correligionários e especialmente de militantes do MST (Movimento dos Sem-Terra) e rapazes da periferia da capital, trazidos há dias pelo esquema oficial. A população em geral não dá o mínimo sinal de que esteja disposta a atender ao apelo que lhe lançou ontem à noite — “quem quiser se solidarizar conosco, venha”.
A PM fechou o acesso aos Leões pela praça Pedro II. Do lado da avenida Beira-Mar, montam guarda policiais da Força Tática. Eles substituíram há poucos minutos os poucos soldados da Força Nacional de Segurança que se achavam ali desde ontem. A FSN mantém há meses um pequeno contingente em São Luís, ajudando a polícia local no combate a crimes comuns.
Ontem à noite, numa reunião de estado-maior, os coronéis da Polícia Militar decidiram impor a ordem o mais rápido possível, descartando enfaticamente a necessidade de pedir ajuda ao Governo Federal. O palácio deve ser desocupado ainda hoje, de preferência por bem. Tudo será feito para evitar a necessidade de violência, mas até a prisão do ex-governador é considerada uma hipótese plausível, ainda que indesejável.

17 comentários:

Anônimo disse...

Essa ilha é cheia de subservientes aos Sarney, Lobão e outros mandatários e donos da ilha, lotada de remanescntes da escravidão.

Unknown disse...

Todos os citados praticantes das mesmas sem vergonhices da quadrilha Lago.

Bia disse...

Bom dia, Juca querido:

sem nenhuma reflexão: que pena que se substitua apenas uma quadrilha por outra! Talvez a diferença é que a quadrilha que sai tem menos charme do que a que entra.

Que Santo Ambrósio abençoe o Maranhão!

Beijão.

Fabiano Rodrigues disse...

Talvez enquanto as quadrilhas do Maranhão brigam pelo poder a população pobre daquele Estado foge de suas terras e origens para outras em busca da sobrevivencia. O exemplo é o dos assassinados em Eldorado dos Carajás a 13 anos atrás, dos 19 assassinados a maioria eram de origem do Maranhão.

JOÃO VICTOR DE SOUZA disse...

estás que nem pinto na merda de feliz não é mesmo mano.sarney no MA e jader aqui no PA,era só o que querias em mano.

Francisco Rocha Junior disse...

O Haiti é aqui, ou do lado de lá do Gurupi.

Anônimo disse...

A matéria nem fala dos Sarney, Lobão, Vieira da Silva, Murad e outros tristes ludovicenses. Manipulação de informação. Colunão, de onde?

Unknown disse...

Jão Victor de Souza: tres bolas fora. Por Sarney, por Jader e pelo "mano"
Meu pai não teve filhos na rua.

Unknown disse...

Bia, é pena sim. Como disse, são praticantes do mesmo credo.
Mas tem que rodar.
Bjão,queridona.

Lafayette disse...

Acabou de ser lido no plenário do Senado o ofício da Roseana renunciando para tomar posse do Governo maranhense.

Preparem os trens. Virão cada vez mais lotados pra cá.

Eliene disse...

Como eu sempre digo, na politica sempre trocam o sujo pelo mal lavado. Este caso do Maranhão é a mesma coisa que trocar seis por meia duzia. Eles não resolvem os problemas da terra deles, e muita vezes nós temos que acolher a sua população,que vem atrás de emprego e moradia. Na verdade assumimos responsabilidades que o Estado do Maranhão não faz com sua carente população.

Unknown disse...

Simples, pobre João Victor, minha mãe não andava na rua.
Parece que vc se conformou quanto às outras duas bolas fora. Segure a terceira aí.

Anônimo disse...

Coitado do povo de Maranhão. Tirar do Lobão e entregar à família Sarney. É dose!!!

. disse...

Se fim da família Lago significa a perpetuação da família Sarney, eu fico é com a primeira. Fácil, fácil!

Anônimo disse...

Nem Lago nem Sarney. O Maranhão precisa de um Tsunami político que varra toda imundície de uma vez por todas. Triste o comentário do João Victor de Souza, que demonstra claramente não ter aprendido a ler, além de demonstrar que, politicamente, ele gosta de ver as quadrilhas se revezando no poder: chega de Sarney, vamos aplaudir o Lago. Eu cá tenho certeza que tanto o colunão quanto o Quinta Emenda torcem por mudanças totais, contra todo e qualquer tipo de corrupção.

Unknown disse...

Pode ter certeza que sim, das 3:05.

Anônimo disse...

Triste do Para se não fossem os nordestinos e principalmente os maranhenses.
Lafayete pare com esse discurso preconceituoso tenho certeza que a governadora Ana Julia não vai construir um muro para impedir a entrada dos conterraneos, pois o Para é Brasil um pais para todos.

J. Torres.